Denúncias apontam que tropas de ocupação imperialista, revestidas com a capa de “Organização das Nações Unidas” (ONU), estão diretamente envolvidas em abusos sexuais de mulheres, na República Centro-Africana. Entidades internacionais e até um bispo acusam os invasores de se aproveitarem da miséria e do desespero das mulheres.
“Esta não é a primeira vez que os soldados da ONU se comportam dessa maneira. Em 2015, um grupo de congoleses foi expulso por oferecer caixas de lentilhas em troca de sexo”, disse o bispo espanhol Juan José Aguirre Muñoz, de Bangassou, ao monopólio de imprensa. “Elas estão desesperadas. Elas morrem de fome e frequentemente vendem seus corpos para comer”, concluiu.
Segundo a entidade Code Blue, a ampla maioria dos casos de abuso dos soldados invasores acabam impune, pois a própria ONU estabelece uma política de conivência. De acordo com a organização, a ONU não investiga de pronto todas as denúncias, mas apenas aquelas que têm acentuadas evidências do crime.
Em 2016, por exemplo, a ONU completou suas próprias investigações sobre 139 denúncias de abuso sexual de mulheres e crianças na República Centro-Africana e apenas 41 soldados foram considerados culpados.