Como forma de reivindicar o reajuste salarial, professores dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Amazonas e Goiás declararam greve ao longo do mês de março.
Assembleia reuniu milhares de professores em BH
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, manifestantes realizaram protestos durante todo o dia de 22 de março. Na parte da manhã, uma barricada com pneus em chamas foi erguida para bloquear a MG-010, na via sentido Aeroporto Internacional de Confins, na frente da Cidade Administrativa, sede do gerente estadual Fernando Pimentel/PT. Uma faixa erguida pelos manifestantes dizia: Pimentel, seu traidor, cumprir a lei não é nenhum favor!
Horas depois, milhares de trabalhadores da educação ocuparam a praça da Liberdade no centro de Belo Horizonte. Profissionais da área de ensino vindo de municípios do interior do estado também se incorporaram a manifestação, que ocorreu em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALEMG).
Os trabalhadores da educação da rede estadual, em greve desde o dia 8 de março, reivindicam o pagamento dos salários atrasados, o fim do parcelamento dos salários e do 13º, o pagamento do piso nacional dos professores - conforme acordo estabelecido em 2015 entre Pimentel e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE) - e o cumprimento dos acordos assinados entre os profissionais da educação e o gerenciamento estadual.
A radicalização da greve tem sido defendida por muitos trabalhadores, que apontam a necessidade de fortalecer os comandos de greve e assim obrigar o gerente estadual a cumprir os acordos com os profissionais da educação.
Em São Paulo, os professores municipais estão em greve desde 8 de março e têm como principal reivindicação a retirada do PL 621/2016, que aumenta a contribuição previdenciária municipal – o desconto na folha de pagamento, que hoje é de 11%, passando a ser 14% com acréscimo de 5% em alguns casos.
Já em Goiânia, Goiás, mais de 500 trabalhadores e trabalhadoras de instituições de ensino da rede municipal se reuniram em uma paralisação que mobilizou cerca de 200 escolas e amplos setores da categoria no dia 14 de março. Além dos professores, auxiliares de atividades educativas e setores administrativos também tomaram parte na manifestação realizada na capital do estado.
No mesmo dia, uma assembleia convocada pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed) – entidade que tem atuado independente de partidos eleitoreiros e centrais corporativizadas, como o Sindicatos dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) – definiu novas ações e a continuidade da mobilização da categoria.