Sionistas executam 60 e ferem mais de 2,7 mil pessoas, mas nada detém rebelião
Dezenas de milhares de palestinos cercaram as fronteiras do Estado sionista de Israel com a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, entre os dias 14 e 15 de maio, para repudiar a instalação da embaixada da superpotência imperialista, Estados Unidos (USA), na cidade de Jerusalém, reivindicada pelos palestinos como capital de seu futuro Estado-nação. Os palestinos repudiam também os 70 anos da “Nakba” (em árabe, catástrofe) que foi a criação do Estado sionista, em 1948. Mais de 60 palestinos morreram e 2,7 mil ficaram feridos entre os dois dias.
Mahmud-Hams
Palestinos enterraram seus parentes e voltaram ao protesto. Faixa de Gaza, 15 de maio
Essa imensa multidão palestina protestou em vários pontos das fronteiras. Do lado de fora da nova embaixada, em Jerusalém, também houve violentos protestos e repressão. O monopólio da imprensa constatou que as explosões de revolta contaram com a participação de famílias inteiras, incluindo crianças, idosos e mulheres.
Nem mesmo a execução em massa impediu os protestos. No dia 15 – um dia após a inauguração da embaixada em Jerusalém – as famílias palestinas que tiveram parentes executados enterraram seus mortos e voltaram a protestar. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) anunciou uma greve geral nos territórios palestinos para esse dia, na Faixa de Gaza, segundo a agência Reuters.
Há protestos na fronteira desde o dia 30 de março, na chamada Grande Marcha do Retorno, que evocam o direito dos palestinos de retornarem para os locais de onde foram expulsos após 1948, pela criação do Estado de Israel e sua sistemática ocupação colonialista. Desde o início da Grande Marcha, mais de 100 palestinos foram executados pelas forças sionistas de Israel.