Uma grande greve nacional foi convocada pelos professores dirigidos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em 4 de junho, para exigir a revogação da “reforma” educacional implementada por Enrique Peña e exigir melhorias nas condições de trabalho.
Jorge Luis Plata
Professores ligados à CNTE erguem barricadas em protesto
Manifestações foram realizadas nas regiões de Chiapas, Oaxaca, Michoacán e Guerrero, ocupando os arredores da Secretaria de Governo. Os manifestantes pararam o trânsito fechando a estrada Ignacio Zaragoza com barricadas, além de bloqueios nas principais regiões já citadas.
As forças repressivas tentaram impedir a caravana de professores, que entraram na capital, Cidade do México, vindos de várias partes do país, além de intimidar os manifestantes em protesto com ameaças e assédios.
A contrarreforma e o caminho da luta
A “reforma” educacional imposta pelo gerente Enrique Peña Neto está em vigor desde 2013 e é orientada à partir de critérios socioeconômicos estabelecidos por organizações financeiras internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também conhecida como o clube dos países imperialistas; Banco Mundial (BM) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Dentre outros aspectos, a contrarreforma reduziu em 72% os recursos alocados para o orçamento da educação em 2017. Além disso, houve mais cortes contabilizados em 11% do programa de escolas integrais e de inclusão digital, como a entrega de tablets. Há ainda uma avaliação constante do trabalho docente, um instrumento de contenção e controle dos professores, promovendo a retirada de parte da autonomia que os profissionais têm em sala de aula.