O latifúndio segue no Pará sua campanha de terror reacionário contra o movimento de luta pela terra. O dirigente Katison de Sousa, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), foi brutalmente assassinado a golpes de facão na noite de 2 de junho, numa estrada no município de Santa Izabel do Pará, região metropolitana de Belém.
Movimento Pequenos agricultores
Katison de Sousa
Em nota enviada à reportagem da Revista Fórum, a Secretária do Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) tratou de criminalizar o dirigente afirmando que o crime teria ocorrido graças a “uma disputa pela extração ilegal de madeira no interior de um terreno que foi invadido nesta região”. O MPA denúncia que Katison já sofria ameaças há mais de um ano e, em nota, reafirma o compromisso de Katison na luta pela terra.
“Ele segue vivo em cada sem terra, cada camponês que faz de suas necessidades a luta legítima por um pedaço de chão.”, afirmou o movimento. O estado do Pará foi, em 2017, a região onde mais camponeses foram assassinados pelo latifúndio, o que releva ainda mais o cinismo com que o velho Estado, através da Segup, trata o assassinato de Katison.