Cerca de 300 pessoas realizaram um protesto em Brasília, no dia 19 de junho, para exigir uma política de permanência estudantil voltada para indígenas e quilombolas e para denunciar os cortes no ensino superior feitos pelo governo de Michel Temer/PMDB.
Tiago Miotto
Manifestantes exigem permanência estudantil para indígenas e quilombolas
O protesto foi motivado pela divulgação de que apenas 800 bolsas permanência seriam concedidas pelo Ministério da Educação (MEC) este ano a estudantes universitários indígenas e quilombolas, quantidade inferior ao número de alunos sob estas condições matriculados em universidades públicas federais. A manifestação contou com a participação de estudantes de pelos menos 18 universidades federais de todas as regiões do país.
Os manifestantes exigiam a efetivação das políticas de permanência estudantil no ensino superior, como também a concessão de bolsa permanência a todos os indígenas e quilombolas que já se matricularam no primeiro semestre deste ano e que vão se matricular no segundo.
“Estamos aqui com toda a resistência para lutar até resolver a questão da permanência nas universidades.”, afirmou a quilombola e estudante de Direito na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Paula de Menezes Baia, em entrevista ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
As principais ruas da capital do país foram bloqueadas durante algumas horas pelos manifestantes. O protesto, que contou com estudantes de mais de 40 povos indígenas, se iniciou na Catedral de Brasília, contornou o Congresso Nacional e se dirigiu até o Palácio do Planalto, onde o ato foi encerrado.
Eles também exigiram uma política de permanência no ensino superior voltada para indígenas e quilombolas, frisando que a assistência estudantil não se resume à concessão de bolsas permanência.