Professores da Rede Municipal de Ensino de Salvador realizaram uma grande manifestação em 31 de julho, ocasião em que completaram 21 dias de greve. A concentração teve início na Praça da Piedade, para em seguida sair em caminhada com destino à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público da Bahia (MP-BA) exigindo que estes intercedessem contra o governo municipal a favor de suas demandas.
No dia seguinte, 01/08, como parte da agenda de compromisso dos grevistas, os trabalhadores estiveram na Praça Municipal para colher assinaturas e, em seguida, protestar na Câmara de Vereadores. Esta segunda manifestação contou com o apoio das demais categorias de servidores municipais, que também entraram em greve por tempo indeterminado desde 31/07 para protestar contra a política de arrocho salarial do prefeito ACM Neto.
Há quatro anos que os direitos dos trabalhadores em educação vem sendo pisoteados. Um exemplo disso é a não concessão de mudança de nível, isto é, os professores não recebem um salário de acordo com a sua qualificação. Além disso, o prefeito não convoca eleições para diretores de escolas, que deveriam ser realizadas a partir do ano passado; diversas escolas lidam ainda com a falta de professores.
Outro ponto fundamental é a luta pela melhoria das condições de trabalho. Muitas escolas em Salvador se encontram em condições precárias de conservação e manutenção e, em grande parte, sofrem com transtornos causados pelo calor excessivo ou por infiltrações, alagamentos, transbordo na rede de esgoto quando chove, além de outros sintomas de sucateamento.