Uma onda de protestos ocorreu na província de Idlib, na Síria, contra os últimos bombardeios lançados na região pelo imperialismo russo e pelo regime semicolonial e semifeudal de Bashar Al-Assad. Na cidade de Maarat al-Nouman, na mesma província, ocorreu o maior dos protestos, que lançou às ruas mais de 25 mil pessoas. O mesmo ocorreu, em menores proporções, em mais de 20 cidades e aldeias da região.
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Milhares protestam na província de Idlib
Um dos cartazes dizia: “Rússia e Bashar Al-Assad nos bombardeiam e dizem que nós somos os terroristas”. Um trabalhador, de 36 anos, que participou da marcha declarou: “Nós só queremos enviar uma mensagem para o resto do mundo, de que nós somos apenas um povo oprimido que anseia por liberdade”.
Os bombardeios (motivo dos protestos) iniciaram-se no dia 5 de setembro e tinham como alvo territórios controlados pela Frente Al Nusra – grupo armado islâmico que outrora manteve relações com a Al-Qaeda, desvinculou-se dela e agora atua como lacaio do imperialismo ianque na região, sendo por ele financiado.
Em menos de 72 horas, os aviões de guerra russos e os helicópteros do regime de Assad levaram a cabo mais de 1060 bombardeios aéreos e terrestres, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (sediado em Londres). Ao menos 34 pessoas acabaram mortas, dentre elas, crianças e cinco mulheres em toda a província. Esse enorme volume de ataques foi o estopim para a mobilização de milhares de massas residentes na província.
Em meio à pugna dos imperialistas russos e ianques através de seus lacaios, as massas populares, sobretudo os camponeses, pagam o preço da guerra imperialista com seu próprio sangue e, na ausência de uma força revolucionária proletária que assuma seus interesses legítimos, acabam sendo arrastadas para um dos campos da polarização.