Milhares de trabalhadores e jovens protestaram violentamente na capital do país, Porto Príncipe, exigindo punição a políticos corruptos e contra a situação de miséria do país, no dia 24 de novembro. Eles exigiram, além disso, a renúncia do atual presidente semicolonial, Jovenel Moise. Este foi o sexto dia consecutivo de protestos.
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Haitianos protestam em ondas que já duram meses, novembro, 2018
A polícia lançou gás lacrimogêneo tentando encerrar com repressão o protesto, mas nada pôde deter os jovens e trabalhadores. Os manifestantes lançaram pedras contra as tropas e contra viaturas policiais, além de realizarem saques contra supermercados. Um grupo chegou a lançar bombas incendiárias contra um posto de gasolina.
O saldo é de 11 pessoas mortas nos protestos, entre elas, um homem que foi encontrado dentro de uma barricada em chamas. Ao menos seis manifestantes foram mortos atropelados por policiais. Antes deste protesto, no dia 22 de novembro, uma greve geral havia já paralisado o país.
Os protestos, com poucos dias de interrupções, seguem desde a segunda quinzena de outubro. O presidente Jovenel Moise, que até então tinha permanecido em silêncio, fez um discurso dizendo que quer dialogar com a “oposição”, mas que não vai renunciar.