Cerca de 300 profissionais da saúde realizaram um ato em frente à sede do governo do Amazonas, no bairro da compensa, zona oeste de Manaus, contra a precarização dos serviços de saúde e os constantes atrasos de salários. A manifestação ocorreu na manhã de 9 de novembro.
Os trabalhadores afirmam que, durante o protesto, os serviços médicos não foram prejudicados. Bloqueios na via em frente à sede governamental foram realizados. Durante todo o ato a indignação dos trabalhadores era geral: muitos seguravam cartazes e realizavam falas vigorosas denunciando a desvalorização dos profissionais, a precarização da saúde pública, assim como as futuras propostas de redução dos direitos trabalhistas para aumentar os lucros dos monopólios beneficiados pela terceirização.
No dia seguinte ao ato, em reunião com o secretário estadual de saúde, Francisco Deodato (que retorna aos trabalhos após ter assumido a coordenação de campanha do atual gerente estadual), houve a promessa deste de pagar os salários atrasados até o dia 14/11, contudo, aos demais direitos trabalhistas não houve previsão de pagamento, assim como de mudanças nos processos de contratação do Estado das empresas terceirizadas.
‘Estamos passando necessidade’
Vários trabalhadores de diversas empresas terceirizadas denunciam atrasos salariais de até três meses, sendo que alguns estão há quatro meses sem receber. Ainda de acordo com os trabalhadores, algumas empresas terceirizadas não pagam até mesmo o vale-transporte há dois meses e ainda não pagaram nem o 13º salário de 2017. Os funcionários demitidos ainda não receberam o Fundo de Garantia (FGTS), além dos atrasos ou não pagamento dos demais direitos trabalhistas.