No primeiro decreto do novo governo reacionário e vende-pátria do Brasil semicolonial, o salário mínimo foi fixado em R$ 998,00 para todo o ano de 2019. O decreto fixa o salário mais baixo do que o previsto pelo orçamento do governo anterior (de Temer), que havia sugerido o valor de R$ 1006,00, considerando-o aplicável.
O decreto foi assinado em 1º de janeiro, logo após a cerimônia de posse de Bolsonaro e seu vice, o general Hamilton Mourão.
Essa é a primeira medida desferida contra os direitos do povo pelo governo militar de Bolsonaro e asseclas, mas certamente não será a única. Bolsonaro ganhou a simpatia dos banqueiros, latifundiários, empreiteiros e do “mercado” prometendo diminuir os direitos do povo, baixar salários, precarizar, privatizar e manter sucateado os serviços públicos (educação, saúde, habitação etc.), enquanto ataca e reprime as organizações classistas, tudo para garantir fabulosos lucros para estes setores.
O salário mínimo brasileiro real, ou seja, o seu poder de compra, é um dos mais baixos do mundo. Ele é inferior que o da China, da Argentina, Colômbia, Peru e até do Panamá. O salário mínimo do brasileiro é equivalente a um quinto do salário da Alemanha, por exemplo.
Além disso, pelo menos 80% da população brasileira vive com um salário per capita inferior a dois salários mínimos mensais, segundo o Fórum Nacional pela Redução da Desigualdade Social. O Brasil é ainda o décimo país mais desigual do mundo, segundo o Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.