O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, 8 de março, foi celebrado pelo Movimento Feminino Popular (MFP) com um ato no centro da cidade de Brumadinho (MG) de denúncia dos crimes da Vale. Participaram do ato, além deste movimento, companheiras e companheiros da Executiva Mineira dos Estudantes de Pedagogia (ExMEPe), do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), do Sindicato Marreta e da Liga Operária.
Movimento Feminino Popular
Os manifestantes percorreram as ruas de Brumadinho com faixas e bandeiras e distribuíram o boletim do MFP. Denúncias sobre o papel da Vale também foram feitas pelo protesto, que caracterizou a megaempresa como “assassina e terrorista”.
Ao longo do trajeto palavras de ordem foram entoadas como Não passará, não passará! Vale assassina o povo vai cobrar! e Vale assassina, Vale assassina! Fora o imperialismo da América Latina!. Houve total apoio dos moradores da cidade que vivenciaram o terror causado pela lama que matou centenas de trabalhadores e também destruiu o meio natural no entorno da cidade.
No final do ato, o MFP e as demais organizações presentes queimaram um boneco representando o diretor-executivo da Vale, que até o momento não foi submetido a nenhuma punição. Os manifestantes denunciaram que os diretores da Vale são os principais criminosos e os governantes são os seus cúmplices.
A compreensão de que o dia 8 de março é um dia de luta e de resistência foi marcada neste ato. As mulheres que estiveram à frente demonstraram a disposição de luta, apontando que o único caminho para a transformação da nossa nação se dará por meio de uma revolução.
O ato representou a posição do MFP em destacar o papel da mulher nas lutas pela transformação radical da sociedade e contra o saqueio das riquezas do nosso povo, defendendo a necessidade da nacionalização do minério e o desenvolvimento da industrialização a serviço da nação e não do imperialismo, como vem acontecendo.
Outras celebrações
O MFP realizou celebrações e manifestações em outras partes do país por ocasião do Dia Internacional da Mulher Proletária. No Rio de Janeiro, pelo menos 80 pessoas participaram da celebração, dentre mulheres do povo e ativistas do movimento popular. O ato político contou com uma exposição sobre a situação política atual e suas implicações para a opressão sobre a mulher.
Já em Manga, no Norte de Minas, as ativistas revolucionárias e militantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) também celebraram discutindo a situação atual. Cartazes, nas paredes, exaltavam a grande dirigente revolucionária brasileira, Sandra Lima, fundadora do MFP; além de outras dirigentes comunistas mulheres, como Chiang Ching, uma das chefes da Grande Revolução Cultural Proletária; a camarada Norah, do Partido Comunista do Peru e outras.
Em Varzelândia e municípios ao seu redor foram realizadas também atividades de agitação e propaganda, como panfletagens denunciando os crimes contra o povo levado a cabo pelo atual governo.