Resistência promete prosseguir a guerra até sepultar o plano colonial ianque
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Talibãs prosseguem guerra de resistência há 18 anos e controlam metade do território
Um grande contingente de combatentes da Resistência Nacional afegã, ligado ao grupo Talibã, realizou um cerco a um prédio governamental na província de Badghis e aniquilou pelo menos 12 soldados do Exército colonial afegão e da polícia local, no início de abril. A ação é parte da ofensiva militar empreendida pela Resistência para retomar o distrito de Bala Murghab, na mesma província, ofensiva que já aniquilou 32 militares pró-USA.
Segundo informações do próprio “governo” colonial pró-ianque, na pessoa de Mohammad Nasir Nazari – membro do conselho provincial –, os talibãs mobilizaram pelo menos 2 mil guerrilheiros e combatentes para a ofensiva. Por sua vez, as forças pró-colonialismo, em média 600 tropas, estão se desmembrando em rixas internas, sem água, comida e munições.
Segundo o chefe do distrito, Abdul Waris Sherzad, ligado ao aparelho estatal colonial, o sentimento geral da tropa é de decepção com as forças da OTAN e do Exército colonial afegão por ter sido abandonada.
Antes dessa ofensiva, dois membros do serviço ianque foram executados enquanto realizavam uma operação contra a Resistência Nacional, no dia 22 de março, em Cabul (capital do país). O informe das baixas foi confirmado pela OTAN, em comunicado. A operação na qual foram mortos os agentes ianques foi descrita pelas forças colonialistas como “de auxílio e guia às forças afegãs na luta contra o terrorismo”.
Com esses agentes, o saldo de invasores ianques executados ultrapassa 65, enquanto, para as forças locais pró-ianques, o número de mortos ultrapassa 45 mil soldados e policiais. A discrepância deve-se a que o USA utiliza-se das tropas locais, do Exército colonial e das polícias afegãs para realizar as ações cujo risco de baixas são maiores, deixando seus soldados e militares em geral em ações de baixo risco ou em funções estratégicas.
A Resistência dos talibãs cresce e o número de ações e distritos recuperados se multiplicam enquanto são realizadas as conversas para a assinatura de um acordo de paz com o USA. O Talibã já deixou explícito que o acordo só será firmado sob a condição irrenunciável de que sejam retiradas todas as tropas estrangeiras e seja posto fim ao projeto colonial no Afeganistão.