A marcha de 15 de maio, que convergiu o movimento popular e sindical na luta contra a reforma da “Previdência” com a luta dos professores e estudantes contra os cortes das universidades, foi uma demonstração de que o governo de Bolsonaro e dos generais confrontará uma decidida resistência popular. Os pacotes de medidas são todos draconianos. Eles atingem os direitos de todos os setores do povo em benefício da grande burguesia, latifúndio e do imperialismo.
(Fotos: Ellan Lustosa/AND)
No Rio de Janeiro, onde reuniram-se 300 mil pessoas, ocorreu a mais significativa das manifestações. Ali, a Polícia Militar reprimiu a manifestação após as Centrais Sindicais e outras forças oportunistas declararem o ato “encerrado”. Ali, também, a juventude escorraçou as forças de repressão, em especial o Exército, que teve o seu “sagrado” Pantheon de Caxias – onde mantém os restos mortais desse genocida sob uma guarda permanente de soldados – pichado com uma contundente denúncia: 80 tiros, Exército assassino!
Foram 300 mil pessoas que, em uníssono, deram um recado contundente. Mostraram que o levante popular inevitável, que incansavelmente prenunciamos, se gesta e rebentará, mais cedo ou mais tarde. Ele é dia a dia precipitado pela ação da própria reação e, quando rebentar, colocará em xeque os planos da reação e em apuros o governo e o Alto Comando das Forças Armadas.