Militantes revolucionários de pelo menos quatro países realizaram diversas ações de agitação e propaganda contra a farsa eleitoral que sufragou novos parlamentares da “União Europeia”. A eleição, ocorrida no dia 26 de maio, teve um alto índice de boicote. As ações, registradas por fotografias e divulgadas pelo site alemão Dem Volke Dienen, ocorreram na Áustria, Suécia, Alemanha e Dinamarca.
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Ações denunciam farsa eleitoral e agitaram o fim da UE
Em Linz, na Áustria, militantes da Frente Vermelha e do movimento Partizan, que organiza turcos que residem na Europa, realizaram uma agitação pública com uma faixa, que estampava a consigna Abaixo a União Europeia e o imperialismo! O tráfego de veículos foi interrompido.
Na capital da Suécia, Estocolmo, militantes espalharam adesivos, cartazes e realizaram pichações conclamando as massas a boicotarem as eleições, além de levantarem uma agitação contra a “União Europeia”.
Já em Gotemburgo, no mesmo país, ativistas também empreenderam importantes ações de agitação e propaganda contra as eleições. Cartazes e faixas foram pendurados em vários locais de grande circulação de pessoas, nos quais viam-se estampadas palavras de ordem contra a “União Europeia” e desenhos com o símbolo comunista, foice e martelo. Pichações também foram realizadas.
Na Dinamarca, em Copenhague, os revolucionários difundiram uma tradução da declaração conjunta dos partidos e organizações maoistas, na qual se convoca a campanha coordenada de boicote à farsa eleitoral no continente. Além disso, a palavra de ordem Eleições não, Guerra Popular sim! foi pichada em vários locais, dentre eles na frente de uma escola e de uma estação de trem, localizados em um bairro proletário.
Na Alemanha, centenas de cartazes da campanha internacional foram colocados nas ruas, particularmente nas cidades de Hamburgo, Weimar e Essen. Os materiais de agitação e propaganda, contra a farsa eleitoral e contra o bloco imperialista, foram concentrados em bairros proletários e de grande circulação de pessoas.
Em Bremen, além de cartazes, as consignas foram pichadas na fachada de um banco, segundo relata o site Dem Volke Dienen. Cartazes e adesivos foram também pendurados e panfletos foram distribuídos. Na mesma cidade, propagandas eleitoreiras foram sabotadas e convertidas em painéis para fixação de propagandas pró-revolução e anti-eleições. Em Berlim, atividades semelhantes foram empreendidas.
Segundo o site Dem Volke Dienen, além dessas, uma série de outras ações, “de caráter beligerante e de massas”, foram realizadas no país sem, no entanto, serem reivindicadas por movimentos específicos, dentre eles, ataques a escritórios de partidos reacionários alemães. No entanto, o blog internacionalista não deu mais detalhes.
Boicote massivo
Em vários países, a abstenção, principal forma de boicote espontâneo das massas europeias, alcançou índices elevadíssimos. Em Portugal, por exemplo, o boicote ultrapassou 69% dos registrados a votar. Em outros países, como Eslováquia, Eslovênia e República Checa, as taxas de boicote foram, respectivamente: 77%, 71,7% e 71,3%, números extremamente altos.
Em geral, a média de participação nas eleições – tomando todos os países – não passa de 50,8%.