Na noite de 8 de julho, combatentes da Brigada Indígena Contra Pistoleiros de Fazenda (BICPF) – um pelotão atribuído ao grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) – realizaram uma ação na fazenda de Ñandu’í, localizada no estado de Amambay, no Paraguai, a 75 quilômetros da cidade de Ponta Porã (MS), fronteira com o Brasil.
Durante a ação, o pistoleiro Avelino Camargo, brasileiro, foi eliminado pelos guerrilheiros. Tal fazenda pertence aos latifundiários Darci e Iracy Antoniolli, também brasileiros. Eles possuem terras ligadas à atividade madeireira tanto no Brasil quanto no Paraguai.
Além da eliminação de Avelino Camargo, os guerrilheiros incendiaram uma caminhonete, um barracão, uma carreta e máquinas agrícolas do latifúndio. Eles ainda levaram outros materiais para o fortalecimento da guerrilha.
A BICPF, segundo informações veiculadas por órgãos da imprensa popular, faz parte do EPP e atua contra pistoleiros do latifúndio no Paraguai. Suas ações são voltadas para fazer justiça para os camponeses e indígenas que são brutalizados pelos latifundiários e pelo velho Estado semicolonial e semifeudal do Paraguai.
O monopólio de imprensa paraguaio de tudo tem feito para difamar o EPP, acusando-o de “terrorista” que “recruta indígenas à força”, entre outras mentiras. Esta mesma imprensa vendida, comprada pelas “autoridades” e pelas classes dominantes, não dá um pio sobre os inúmeros crimes cometidos pelo latifúndio contra o povo no campo.