Através de barricadas, latas de lixo queimadas e enfrentamento contra a polícia, cerca de 200 manifestantes dos “coletes amarelos” bloquearam e invadiram a importante avenida Champs Elysées após o tradicional desfile militar, no dia 14 de julho.
Estiveram presentes na mesma avenida, pouco tempo antes, o próprio chefe do imperialismo francês, Emmanuel Macron, o chefe do Estado-Maior do Exército francês e outras “autoridades” de alto coturno. O desfile militar estendeu-se também pelos céus, com voos da Força Aérea francesa. Apesar do elevado número de agentes de repressão mobilizados, os manifestantes não se intimidaram e tomaram a iniciativa. Para conter o protesto, os policiais atacaram com bombas de gás lacrimogêneo e, segundo fontes policiais, foram supostamente presos 152 ativistas, sob a acusação de “organização de manifestação não declarada”, “desacato à autoridade”, “degradação de bens públicos” e “porte ilegal de arma”.
O Partido Comunista maoísta da França (PCmF) tem dirigido parte dessas massas em luta, indicando o caminho da guerra popular e da Revolução Socialista como caminho justo e necessário ao povo.
“Aqui estamos diante de uma época de tempestades que sacodem as fundações do velho mundo. A era de negação e do espetáculo político acabou: hoje, devemos erguer e carregar a bandeira vermelha para elevar a ofensiva revolucionária.”, disse o Partido, em pronunciamento intitulado “Coletes amarelos” – o fim da impotência, de janeiro de 2019.