Operários, camponeses, trabalhadores autônomos, caminhoneiros, professores e diversas categorias das classes populares peruanas paralisaram o país em uma grande greve geral, desde 28 de março. O levante popular denuncia o governo reacionário e o regime político por nada fazerem diante da grave crise que assola o país, impondo alta geral nos preços dos combustíveis, fertilizantes e da cesta básica.
Viacheslav Ratynski
Rebelião popular durante a Greve Geral em Huancayo
Desde o seu início, mais de 70 bloqueios de vias foram registrados em oito departamentos diferentes.
Manifestações combativas
Na província de Huancayo, mais de 5 mil trabalhadores, que permaneceram nos piquetes, confrontaram a polícia na sua tentativa de dispersá-los com bombas de gás lacrimogêneo e espancamento com bastões. Manifestantes protestaram com barricadas em chamas em frente ao Coliseu Wanka, onde ocorria a “mesa de diálogo com os ministros”. Bancos imperialistas como o canadense Scotiabank, assim como a prefeitura do município de Huancayo, foram apedrejados. Contra a fome, as massas têm realizado confiscos de alimentos contra os grandes hipermercados da cidade.