Desde o 1º de maio de 1886, os trabalhadores de todos os países celebram o dia do Internacionalismo Proletário rendendo honras aos mártires da classe. Tradicionalmente, em todo o mundo, manifestações, barricadas e confrontos com as tropas da reação são a marca deste dia.
Os oportunistas representantes de todos os matizes do amarelo promovem mega-shows milionários com sorteios de apartamentos, carros e eletrodomésticos e bajulam os gerentes de turno.
Operários, camponeses, sindicatos classistas e estudantes vão às ruas reclamando as bandeiras dos mártires de Chicago, exigindo emprego, melhores salários, terra, pão, justiça e uma Nova Democracia.

Manifestação do 1° de maio percorre as ruas de São Paulo
Chicago, 1886
O 1º de maio tem a sua origem nas lutas dos operários norte-americanos, que em meados dos anos de 1880 prorrompiam em ondas tormentosas de protestos pela jornada de 8 horas para todos os trabalhadores. O movimento foi brutalmente reprimido pelas forças reacionárias, que prenderam oito dos mais destacados dirigentes operários da cidade de Chicago, executando cinco deles e condenando os outros a duras penas de reclusão.
O 1º Congresso da II Internacional, celebrado na cidade de Paris em julho de 1889, definiu o 1º de maio como o Dia do Internacionalismo Proletário, registrando esta decisão na seguinte resolução:
Uma grande manifestação internacional deve ser organizada em uma mesma data e de tal modo que os trabalhadores de cada um dos países, de cada uma das cidades, exijam simultaneamente das autoridades a limitação da jornada de trabalho..."
Desde então, em todo o mundo, no 1º de maio, a classe trabalhadora se levanta em todo o mundo, cumprindo com decisão esta firme resolução da classe.
2008: Protestos em todo o mundo
Na Turquia, milhares de manifestantes dirigiram-se à Praça de Taksim, em Istambul, num grande protesto exigindo melhores salários e a redução dos preços dos alimentos. As forças policiais tentaram reprimir os manifestantes que avançaram para a praça gritando "Viva o 1º de Maio!". Os manifestantes depositaram flores em memória dos trabalhadores assassinados em 1977, durante as celebrações do 1º de Maio naquele ano.
Em Bangkok, Tailândia, milhares de pessoas protestaram exigindo o aumento do salário mínimo como contrapartida à subida de preços dos alimentos. O salário mínimo diário de um trabalhador em Bangkok é de 195 baht (o equivalente a menos de 10 reais). Os preços do arroz, base da dieta tailandesa, e outros alimentos, sobem constantemente desde o início do ano levando milhões de pessoas à miséria.
Milhares de manifestantes foram às ruas em Jacarta, capital da , para exigir aumentos de salários e denunciar os aumentos nos preços alimentos e dos combustíveis. Cerca de 40 mil manifestantes empunhavam cartazes exigindo "a redução imediata dos preços dos alimentos" e "aumentos salariais, especialmente para os trabalhadores rurais". De acordo com dados do próprio Banco Mundial, metade da população da Indonésia vive com menos de um euro e meio por dia.
Em Hamburgo, na , manifestantes incendiaram carros e atacaram a polícia com pedras na maior manifestação do 1º de maio dos últimos anos. Os protestos estenderam-se por todo o país.
Na , milhares de militantes comunistas e ativistas populares realizaram protestos em Moscou e outras grandes cidades.
No , mais de 15 mil pessoas foram às ruas e entraram em confronto com a polícia. Bombas de tinta e pedras foram lançadas contra bancos estrangeiros.
Dezenas de milhares de pessoas marcharam nas principais cidades da exigindo emprego, direito à aposentadoria e a regularização dos imigrantes ilegais.
Na , o 1º de Maio foi marcado por grandes protestos e pela explosão de três bombas no País Basco, onde há anos o ETA dirige a luta de libertação.
Na , na , na , na e em outros países asiáticos também ocorreram protestos exigindo melhores salários e a redução dos preços dos alimentos.
Brasil O vermelho do classismo X o amarelo da conciliação.
O 1º de maio no Brasil é marcado por diferenças abissais entre o resgate da luta dos mártires de Chicago pelo movimento sindical classista, e a sua completa traição pelas centrais pelegas e governistas.
A Liga Operária e o Partido da Causa Operária convocaram um ato conjunto onde estiveram presentes sindicatos classistas e independentes, Movimento Estudantil Popular Revolucionário, Movimento Feminino Popular, Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, Liga dos Camponeses Pobres, Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, Aliança da Juventude Revolucionária e diversas outras organizações classistas. 1.500 ativistas da luta combativa e independente reuniram-se no ato realizado na Casa de Portugal em São Paulo, encerrado com uma vermelha manifestação pelas ruas do centro da capital paulista.
A farra das centrais governistas |