Professores em Sergipe lutam pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial
Sergipe
Professores contra o arrocho salarial
Os professores sergipanos do nível médio da rede estadual protestaram contra o arrocho salarial e o descumprimento da Lei do Piso Nacional da categoria, que ainda não foi implantado pelo Governo do Estado.
O piso salarial de um professor no estado é R$ 422,00 e o governo, para não cumprir o piso determinado de R$ 950,00, diz compensar o salário com "abonos". A categoria reivindica o cumprimento do piso, pois as manobras de "abonos" do governo atingem, segundo os professores, apenas 5% dos educadores, excluindo todos aqueles que possuem formação superior, que só terão aumento salarial caso aumente o salário base dos de nível médio. Os professores também denunciam perdas nas porcentagens do triênio e da regência de classe, o que produziu grande insatisfação em meio a categoria que deflagrou a greve no dia 9 de março paralisando as principais escolas do estado.
Médicos de Aracaju em greve
Os médicos da rede pública da capital do Sergipe deflagraram greve, na manhã de 3 de março, por tempo indeterminado. A principal reivindicação dos profissionais é a implantação do piso salarial.
A deflagração da greve foi decidida em Assembléia da categoria realizada em 26 de fevereiro.
Rio Grande do Norte
Professores de Natal parados
Os professores da rede municipal de ensino de Natal decidiram no último 2 de março paralisar as atividades por tempo indeterminado em Assembléia Geral da categoria realizada na Escola Estadual Winston Churchill, que reuniu cerca de 700 educadores.
Os professores reivindicam a reposição das perdas salariais de 34%, a inclusão dos educadores do ensino infantil no plano de cargos, carreiras e salários e a instalação da mesa permanente e paritária de negociação.
A greve dos professores em Natal envolve 75 escolas de ensino fundamental e 57 de centros municipais e educação infantil e mais de setenta mil alunos.
Rede estadual também deflagra greve
Na mesma data os professores da rede estadual também decidiram paralisar as atividades. O Sindicato dos Professores decretou greve por tempo indeterminado. A categoria rejeitou a proposta do governo do estado que oferecia um aumento de apenas R$ 60,00 nos salários. Os profissionais afirmam que a proposta do governo só atingiria 15% da categoria.
Os trabalhadores em educação reivindicam a promoção de todos os educadores da rede e gratificações de funcionários, através do plano de cargos, carreiras e salários, além do reajuste salarial.
Os professores das redes municipal e estadual uniram-se nesta greve e traçam planos conjuntos de luta. A paralisação já atinge um total de 725 escolas em todo o Rio Grande do Norte.
Construção Civil em Greve na Bahia
Os operários da construção decidiram em Assembléia Geral da categoria deflagrar greve no último 12 de março.
De acordo com a decisão da Assembléia, todos os canteiros de obras serão parados, o que corresponde a mais de 100 mil trabalhadores, sendo 40 mil apenas na região metropolitana de Salvador.
Os operários reivindicam reajuste unificado de 13% para todo o estado e outros benefícios. A categoria rejeitou a contra-proposta patronal de 5% de reajuste.
Mato Grosso do Sul: frigorífico em greve
Mais de 1.300 trabalhadores entraram em greve no frigorífico Marfrig, de Bataguassu, na madrugada de 12 de março em protesto contra a proposta patronal de 3% de reajuste. Os trabalhadores exigem ganho real sobre a inflação acumulada nos últimos 12 meses.
No primeiro dia de greve mais de 800 cabeças de gado deixaram de ser abatidas. No segundo dia de greve, um encarregado pró-patronal tentou ferir os grevistas com uma faca. 80% dos trabalhadores aderiram ao movimento.
Petroleiros se mobilizam em todo o Brasil Os petroleiros das refinarias Capuava e Paulínia, no estado de São Paulo, paralisaram o trabalho exigindo da Petrobrás o pagamento do extra-turno para os trabalhadores admitidos após 1999. A Petrobrás havia comunicado a decisão de cortar esta conquista dos trabalhadores que trabalham em turnos nas refinarias desde 1999. |