São onze pernambucanos dispostos a criar o seu próprio samba, uma espécie de mistura de frevo e outros ritmos nativos, com o que já conhecem de samba em todo o país. O Pouca chinfra ajuda a enriquecer ainda mais o gênero. Com os folguedos populares bem enraizados em suas vidas, e desprovidos de frescura, como denota 'pouca chinfra' para o pernambucano, o grupo vem firmando sua identidade e conquistando um lugar no cenário da música genuinamente brasileira.
— Pouca chinfra aqui em Recife, apesar de ser uma expressão pouco usada, é bem conhecida como uma coisa simples, pé no chão, sem vaidade, sem frescura. É como se alguém fosse para um boteco tomar uma cerveja de chinelo e bermuda. Colocamos esse nome porque achamos que o samba é exatamente isso — explica Filipe Novais, produtor e integrante do grupo.
— Ele tem muito a ver com a festa do povo, dos trabalhadores e, antigamente, dos escravos que se reuniam para fazer a sua festa. O samba nunca foi da elite. Ele veio do morro para baixo e não do asfalto para cima. Ele é pouca chinfra mesmo, pede licença e mostra um tempero que todo mundo gosta — comenta.
O grupo surgiu de forma despretensiosa, há 5 anos, em Recife, PE.