O ano de 2010 certamente representou um divisor de águas na história do Rio de Janeiro. O ano que será lembrado pela burguesia, pelos ricos, como um período de fartura; e pelas massas, pelos pobres, como uma época de sofrimento, perdas e, principalmente, de luta.

Policiais da UPP do Borel impõem regime de terror na favela
Em 2010, as classes dominantes e seu velho Estado orquestraram um intenso ataque ao povo da recém-anunciada cidade olímpica. Ataque marcado pela ação sincronizada de todas as esferas do gerenciamento político, municipal, com as remoções de vários bairros pobres e o choque de ordem roubando camelôs e prendendo moradores de ruas; na esfera estadual, com a intensificação do extermínio de jovens pobres em várias favelas e a violenta militarização de outras por meio das famigeradas UPPs; e por fim, o gerenciamento Dilma-Luiz Inácio, patrocinador de toda a barbárie.
Quem se lembra das manchetes dos jornais do primeiro dia do ano? Há exatos doze meses, a imprensa no Brasil e no mundo noticiava a chuva de proporções catastróficas que castigou os municípios de Paraty e Angra dos Reis.