Os trabalhadores em transportes rodoviários de Belo Horizonte e região se encontram entre a cruz e a espada: por um lado, a ganância patronal, que vem retirando e atacando os poucos direitos conquistados ao longo de décadas de lutas. Por outro, o oportunismo de uma casta de "sindicalistas" que se beneficiam e enriquecem selando acordos lesivos à categoria.
Antes de iniciar a campanha salarial, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e Região anunciou como reivindicações da categoria: aumento salarial de 23%, sendo 16,5% referente a reajuste real e o restante a correção inflacionária, jornada de trabalho de seis horas diárias e o fim dos ônibus sem cobradores.
Mas no decorrer da dita campanha, o que ficou patente, tanto pela postura dos dirigentes sindicais como pela presteza patronal em selar os acordos, foi a traição dos anseios dos trabalhadores e a venda dos seus direitos em troca de comissões.