Para eles "Agora nossas organizações, cada uma a seu tempo e não sem contradições, estão dependentes do capital e seu Estado. As lutas de enfrentamento passaram a ameaçar as alianças políticas do pacto de classes, necessárias para manter os grandes aparelhos que conquistamos e construímos. O que em algum momento nos permitiu resistir e crescer, se desenvolveu de tal maneira que se descolou da necessidade das famílias e da luta, adquirindo vida própria. O que viabilizou a luta, hoje se vê ameaçado por ela: o que antes impulsionava a luta, passa a contê-la". Consideram, ainda, que estas organizações mais os partidos políticos e as principais centrais sindicais se envolveram de tal forma em um projeto de desenvolvimento pró-capital que tornou-se um caminho sem volta.
Em resposta ao documento dos 51, Fátima Sandalhel, pela Consulta Popular, afirma que "O conteúdo das críticas apresentadas pela ‘Carta’ revela que sua divergência é com a atualidade das tarefas chamadas de ‘democráticas e populares’ na estratégia da Revolução Brasileira", acrescentando que suas posições "Na verdade se identificam com uma concepção estratégica que não é nem um pouco nova, esteve presente e foi vencida em todos os processos revolucionários triunfantes do século XX, sobrevivendo apenas na teoria e em debates acadêmicos, agora ressuscitados neste momento de rearranjo da esquerda brasileira".
Para a direção regional do MST-RS "este desligamento é expressão do processo de encruzilhada histórica em que se encontra a esquerda brasileira e a militância social, que verifica adesão inconteste e acrítica ao novo ciclo de desenvolvimento capitalista e à via institucional parlamentar e o completo abandono do trabalho popular e de organização do povo brasileiro e da classe trabalhadora".