
Artêmio recebe "visita" de Ollanta Humala no hospital
Foi no domingo, 12 de fevereiro de 2012, e o preso desfalecido só conseguia ver seus captores enquanto estava prostrado em uma cama com uma máscara de oxigênio no Hospital de Polícia de Lima. Com as mãos enfaixadas, bem como o peito ferido por uma bala também envolto em ataduras, tinha a seu redor seus vigias: três militares com uniformes rangers – estigma de seus mentores ianques – e duas pessoas de aproximadamente trinta anos vestindo jeans, um deles com colete com o logotipo de algum comando policial de elite. Todos os presentes naquele quarto têm olhares inexpressivos, alguns dirigidos ao ferido, outros à câmera fotográfica que disparava no momento e também houve as que estavam dirigidas a um "visitante ilustre".
Este visitante veste jeans e camisa com mangas arregaçadas. O que mais se destaca nele é seu pequeno sorriso que contém uma euforia esquizofrênica enquanto observa o derrotado que, deitado e inerme na cama do hospital, crava os olhos em algum ponto qualquer do quarto, enquanto em seu corpo os efeitos dos fármacos se antecipam e aplacam seus alaridos.
Trata-se da visita de Humala ao quarto onde se encontra hospitalizado Florindo Eleuterio Flores Hala, conhecido como "camarada Artêmio".