Por que, em meio a uma profunda crise geral dos monopólios, crise esta que, por exemplo, obriga o chefe do imperialismo ianque a adotar medidas internas de arrocho em pleno ano eleitoral, por que, então, Obama solicitaria ao Congresso do USA a liberação de nada menos do que US$ 51 bilhões para "ajuda internacional" em 2013, um aumento em cerca de US$ 10 bilhões no valor do montante na comparação com o que foi liberado para o ano fiscal de 2012? Certamente não é porque os ianques, digamos, podem perder as calças mas não podem perder a compaixão...
O real motivo desta fartura de recursos em tempos de crise é que toda esta caridade e apoio ao "desenvolvimento sustentável" nas semicolônias do mundo é fachada para a CIA e para as grandes corporações ianques, para a ingerência, a sabotagem, a espionagem e a pavimentação de caminhos para a exploração por parte dos grandes monopólios, ou seja, tudo o que ora é especialmente necessário para ajudar o imperialismo a respirar, a ganhar alguma sobrevida justamente em meio à crise geral.
A maior parte dos bilionários recursos reservados pelo imperialismo ianque para a "ajuda internacional" é gerido pela assim chamada "Agência do USA para o Desenvolvimento Internacional" (Usaid), cujo real propósito não é nem nunca foi prestar solidariedade "do povo americano", como diz seu slogan, às nações pobres da América Central e da América do Sul.
Quando o USA atua na América Latina, seja diretamente, seja por meio dos organismos internacionais do imperialismo, há poucas coisas que são feitas por aqui sem a participação da Usaid.