
O candidato do Partido Socialista, François Hollande, venceu as eleições do dia 6 de maio e uma semana depois já tomava posse como presidente da França. Sua campanha eleitoral foi baseada em críticas ao então presidente Nicolas Sarkozy, considerado o paladino dos programas de austeridade implantados na Europa. Após a apuração, afirmou que sua vitória é vista na Europa como "um alívio, uma esperança, a confirmação de que a austeridade não é um chamado do destino" para a região. Prometeu, ainda, que sua missão será "dar à Europa uma dimensão de crescimento, de emprego e prosperidade" para todos.
O alto índice de abstenção, previsto para a casa dos 30%, mostra que grande parte dos franceses se recusou a escolher ente o sujo e o mal lavado. Os franceses têm bem claro na memória os danos causados pelos anteriores governos "socialistas" com suas políticas de privatização e de submissão à oligarquia financeira. Estes mesmos "socialistas", tendo a frente Zapatero na Espanha, levaram o país à beira do abismo, dentro do qual contribuíram para jogar a Grécia. Mesmo assim uma parcela de iludidos saiu às ruas de Paris a comemorar a vitoria de Hollande que, também, foi saudada com euforia pelo reformismo e pelo oportunismo nos quatro cantos do mundo.