Vem causando rebuliço entre os monopólios agonizantes, espasmódicos, ávidos por um sopro de ar em meio à crise geral que os assola, um certo mega-relatório produzido pela Economist Intelligence Unit, consultoria ligada à revista britânica The Economist, intitulado "Para dentro da África: Oportunidades de negócio emergentes". Trata-se de uma espécie de caminho das pedras para a exploração dos povos e dos recursos das nações africanas no âmbito de um iminente novo impulso na corrida pela repartilha do continente pelo imperialismo.
De acordo com a sua própria apresentação oficial, a Economist Intelligence Unit diz que "ajuda líderes empresariais a se prepararem para as oportunidades, capacitando-os a agir com segurança na tomada de decisões estratégicas" - declaração de princípios que tem como substrato a patranha de que o que é bom para as empresas capitalistas é bom para todos, como reza, por exemplo, no Brasil, uma peça publicitária picareta do Banco do Brasil veiculada incansavelmente nas emissoras do monopólio dos meios de comunicação.