Dazibao: a revolução em grandes caracteres*
Em maio de 1966 começaram a surgir cartazes escritos em grandes caracteres (dazibaos) em muitos pontos da China. Durante Grande Revolução Cultural Proletária, era latente a necessidade de estimular as opiniões das massas e de mobilizá-las em um movimento conjunto. Por isso, era preciso deixar que as massas manifestassem livremente suas opiniões e tornassem públicos todos os tipos de contradições no seio do povo, contradições que podem ser solucionadas mediante a discussão e o debate.
Em 1° de junho surge o "primeiro dazibao marxista-leninista" escrito por rebeldes revolucionários da Universidade de Pequim.
Mas em muitas regiões do país, os meios de comunicação com as massas estavam sob o controle de "negros elementos antipartido", como o Comitê Municipal de Pequim. Por essa razão, Mao Tsetung animou os revolucionários a produzirem cartazes com grandes caracteres. Em um editorial do Diário do Povo, intitulado Os cartazes revolucionários em grandes caracteres são "espelhos mágicos" para revelar todos os monstros, era destacado o importante papel cumprido pelos dazibaos na Revolução Cultural e se estimulava as massas a lê-los e produzi-los.