No último dia 29 de agosto, o Chile viveu o segundo dia consecutivo de protestos por mudanças no sistema educacional. Milhares de manifestantes encapuzados ocuparam as avenidas Villa Francia, La Pincoya e Florida, as principais da capital Santiago.
Os carabineros (policiais) atacaram a multidão com bombas de gás lacrimogênio e jatos d’água. Nas ruas, centenas de pessoas que não participavam do protesto reclamaram do excesso de violência por parte da polícia. Mais de 200 pessoas foram presas e pelo menos 13 policiais ficaram feridos.
Devido à péssima repercussão que as ações policiais vêm tendo no Chile, e junto a isso as denúncias de abuso sexual de policiais contra estudantes, o gerente federal Sebastián Piñera, em entrevista à emissora estatal de televisão, disse que "Não vamos tolerar nenhum excesso policial… Não vamos tolerar excessos nem abusos por parte dos policiais". Uma declaração no mínimo estranha vinda de quem ao longo dos últimos meses vem criminalizando e ordenando a repressão contra as justas manifestações dos estudantes chilenos.