
Estudantes da UERJ radicalizam manifestação ateando fogo em pneus na Av. Radial Oeste
Na tarde do dia 23 de agosto, estudantes, professores e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) fizeram uma combativa manifestação no entorno do Campus no bairro do Maracanã, zona Norte da cidade. Em greve há dois meses — assim como grande parte das universidades públicas brasileiras — os maniestantes bloquearam a Avenida Radial Oeste, uma das principais da zona Norte. Durante inúmeros momentos, a Polícia Militar tentou reprimir a manifestação, mas estudantes da UERJ não se intimidaram e enfrentaram o aparato policial.
Pneus foram queimados pelos manifestantes para bloquear a rua. A todo momento, o helicóptero da PM observava o ato. Dentro da universidade, mais repressão. PMs da tropa de choque invadiram a UERJ atirando bombas contra um grupo de estudantes, professores e funcionários.
— O que houve foi um ato público dos alunos e quando as pessoas vieram para o prédio conhecido como prédio dos alunos para protestar em frente a uma obra do Bradesco, a tropa de choque entrou aqui jogando bombas. Tudo com a conivência dessa reitoria, que mais uma vez, atinge a democracia dentro da universidade. É um absurdo um reitor permitir que a PM jogue bomba nos estudantes. Eu tenho 38 anos de universidade e nunca vi uma ditadura tão perversa como a do reitor Ricardo Vieiralves na UERJ — diz o coordenador do Sindicato dos trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro, Jorge Luís Lemos.