No dia 2 de maio, quinta-feira, foi realizado em Montes Claros um vibrante Ato Político e internacionalista em celebração ao 1º de maio, Dia Internacional do Proletariado.
O Ato, convocado pelo Comando de Luta pela Greve Geral do Norte de Minas e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Sistema Público Municipal de Montes Claros/MG (Sind-Educamoc), ocorreu no principal terminal de ônibus no centro da cidade.
Os camponeses e lideranças da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas e Sul da Bahia tiveram marcante participação e, junto com ativistas do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação, do Movimento Feminino Popular (MFP), do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Manga, DCE da Unimontes, Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e de membros do curso pré-vestibular popular Emancipa repudiaram a intervenção ianque na Venezuela e levantaram a bandeira da Greve Geral contra a “reforma” da Previdência, pela revogação da “reforma” trabalhista e bandeiras da luta pela terra e contra os cortes de verbas para a educação, numa importante ação de propaganda e de celebração.
Com bandeiras em punho, combatividade e organização, os camponeses, em sua maioria mulheres, junto aos jovens, estudantes e professores falavam ao microfone com os trabalhadores que voltavam do serviço e para os estudantes que esperavam as lotações para estudar, distribuindo mais de 3 mil panfletos e conversando com a população nos pontos de ônibus.
Enquanto distribuíam os panfletos, organizados em brigadas, os ativistas conversaram com a população sobre a criminosa “reforma” da previdência, os ataques aos direitos do povo à livre organização e manifestação, sobre a criminalização da luta pela terra e a matança de pobres pelas polícias e pelas Forças Armadas reacionárias. Toda a ação de propaganda foi muito bem recebida pela população, que denunciou as péssimas condições do transporte, a recorrente falta de água, a inexistência de creches, a falta de estrutura das escolas com as salas sempre lotadas e o absurdo da cobrança de seis pedágios na BR 135, que liga a cidade a Belo Horizonte a Montes Claros.
A representante do Sind-Educamoc afirmou que “não vamos aceitar a destruição das escolas públicas e de nossas carreiras. Os filhos do povo têm direito ao ensino público gratuito e é necessário unir os professores, pais e alunos para defender este direito!”
Já a representante do DCE da Unimontes denunciou os recentes cortes de verbas na universidade estadual e denunciou o governador Zema/NOVO, afirmando que ele “quer privatizar a Unimontes e nós, estudantes e os professores da Unimontes, já estamos nos organizando para resistir!”.
O representante da LCP afirmou em seu discurso: “É necessário unir o povo da cidade e do campo por meio de uma grande Greve Geral de Resistência Nacional. O povo organizado, de forma classista e combativa, vai derrotar a “reforma” da previdência, revogar a “reforma trabalhista” e seguir de forma resoluta e firme a luta por terra para quem nela vive e trabalha!”. Denunciou ainda as declarações de apoio de Jair Bolsonaro em defesa do ataque à soberania da Venezuela promovida pelo Estados Unidos, por meio dos distúrbios fomentados por seus lacaios Guaidó e Leopoldo, afirmando que: “As Forças Armadas no Brasil lambem as botas do Estados Unidos e se prontificam a serem seus capachos na repressão aos povos em luta na América Latina, na promoção de mais genocídios e crimes de guerra de agressão contra o povo venezuelano e a soberania nacional dos países na região! Mas o povo venezuelano vai resistir e é nosso dever internacionalista apoiar a sua justa luta para resistir à invasão imperialista!”. A fala da LCP foi aplaudida por muitas pessoas que pararam para ouvir o discurso.
Enquanto isso, viaturas da Polícia Militar se aglomeraram e os militares ameaçaram de prisão um dos dirigentes da LCP: “Se você passar aqui de novo eu te prendo!”, afirmou arrogantemente o soldado.
No encerramento do ato, o Comando de Luta pela Greve Geral reafirmou o chamado de unidade de ação para o movimento sindical e popular se organizar, nos locais de trabalho, moradia e estudo na luta pela preparação da Greve Geral de Resistência Nacional.