Fotos: Reprodução / MEPR
No dia 12 de agosto ocorreu um combativo protesto de estudantes secundaristas do Colégio Estadual Herbert de Souza, localizado no Rio Comprido, Zona Norte do Rio de Janeiro, por conta do assassinato do estudante Gabriel Pereira Alves, de 18 anos. Gabriel foi assassinado na Tijuca, próximo ao Morro do Borel, durante uma operação da Polícia Militar (PM), enquanto esperava o ônibus que o levaria para o colégio, às 7h do dia 09/08. No mesmo dia de seu assassinato, moradores, amigos e familiares já haviam realizado um outro protesto combativo, que fechou por horas as ruas da Tijuca.
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No dia 12, durante a manhã, os estudantes, professores e familiares de Gabriel realizaram uma homenagem dentro do colégio onde ele estudava. Durante a tarde, os estudantes saíram em protesto pelas principais vias da Tijuca exigindo Justiça para Gabriel!. O monopólio da imprensa aponta que Gabriel foi vítima de "bala perdida", mas a juventude acusou a PM pela morte, além de denunciar todo o genocídio que ela comete contra o povo pobre. O ato contou com amplo apoio de comerciantes, moradores e trabalhadores que passavam pela região.
A Guarda Municipal tentou, inutilmente, liberar meia via da pista, lançando spray de pimenta contra a multidão. Uma estudante ficou desmaiada por falta de ar, mas, mesmo assim, o combativo protesto não dispersou e seguiu em uma radicalizada manifestação até o Morro do Borel, onde o jovem morava. Nas paredes por onde o ato passava podia-se ver pichadas palavras de ordem como Gabriel vive!.
Essa foi uma contundente resposta da juventude contra a PM assassina de Witzel, governador do estado.
Gabriel, presente na luta!
Chega de chacina, polícia assassina!