Trabalhadores fecharam a avenida 7 de setembro. Foto: Banco de Dados AND
Revoltados por serem impedidos de trabalhar após expulsão realizada pela prefeitura, trabalhadores ambulantes de Porto Velho bloquearam parcialmente uma das avenidas centrais da capital rondoniense, dia 07 de maio.
A covarde remoção foi promovida pelo prefeito Hildon Chaves/PSDB que atacou ambulantes, forçando-os a deixar a Praça Jonatas Pedrosa no centro comercial da cidade.
Alegando recomendação do Ministério Público (MP), a prefeitura expulsou os ambulantes mesmo após a realização de uma reunião com os trabalhadores na qual ficara estabelecido que a remoção só ocorreria após a administração da cidade encontrar um outro local para abrigar as barracas.
Indignados com a arbitrariedade, os camelôs bloquearam parcialmente a avenida Sete de Setembro, na região central da cidade, para protestar contra mais esse abuso.
A tropa de choque do Comando de Operações Especiais (COE) da PM atacou covardemente os camelôs que lutavam por seu direito ao trabalho. Em seguida, em atitude criminosa, tratores da prefeitura destruíram as barracas construídas pelos trabalhadores. Alguns deles conseguiram recuperar suas estruturas antes da ação da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB).
Esse é a terceira vez que os camelôs do centro de Porto Velho são enganados pela prefeitura com a mesma desculpa esfarrapada: "Levá-los a outro lugar". Em 2010 vários foram retirados do espaço da rua Euclides da Cunha, também na região central, pela então administração de Roberto Sobrinho/PT que também prometera um novo local. Depois foram removidos por Mauro Nazif/ PSB, e agora mais essa ação do MP.
A prefeitura também alegou que a retirada dos camelôs foi feita para cumprimento das medidas de restrição diante da pandemia de Covid-19 e que o local não respeitaria as medidas de segurança. Porém, num giro pelas regiões comerciais da cidade vemos que a mesma atitude não ocorre em relação às grandes empresas que seguem de portas abertas gerando aglomerações.
Além disso, nem prefeitura nem governo do estado promoveram ações que evitassem aglomerações em outras localidades, como no caso do Espaço Alternativo, próximo ao Hospital de Base. Este local, conhecido ponto de encontro da pequena burguesia permanece bastante movimentado mesmo com o aumento vertiginoso da contaminação da cidade.
Porto Velho lidera o ranking no estado com quase 80% dos casos de covid-19, mais de 1,200 casos e 37 mortos, até o fechamento desta matéria.
Foto: Comitê de apoio ao AND de Porto Velho
Foto: Comitê de apoio ao AND de Porto Velho
Foto: Comitê de apoio ao AND de Porto Velho
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