Destroços na base militar Camp Taji, no Iraque, após um ataque de foguetes de março de 2020 que matou dois ianques e um soldado inglês. Foto: Comando Central do USA/Centcom
Os remanescentes das tropas militares lideradas pelo imperialismo ianque (Estados Unidos, USA) na base militar de Camp Taji abandonarão o local nos próximos dias, segundo um anúncio feito no dia 23 de agosto pelo Comando Central ianque, responsável pelas operações do USA no Oriente Médio. A base, que fica a apenas 20 quilômetros ao norte da capital do país, Bagdá, foi alvo recorrente de ataques de foguetes por grupos contrários à intervenção imperialista e ocupação colonial no país.
Um desses casos ocorreu em março, em que dois ianques e um soldado do imperialismo inglês foram mortos, e pelo menos outras 12 pessoas ficaram feridas, após um intenso ataque de foguetes.
Segundo o comunicado da coalizão militar, a retirada das tropas ianques e de seus lacaios do Camp Taji será finalizada após a entrega dos equipamentos e da base para as forças militares do governo iraquiano, conformado por lacaios do imperialismo ianque sob chefia de Mustafa Al-Khadimi (ex-agente do serviço de inteligência diretamente ligado aos ianques).
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O correspondente do monopólio de imprensa Al Jazeera no Iraque, Dorsa Jabbari, descreveu a saída das tropas como um movimento “significativo”, pois trata-se da primeira vez, desde a invasão promovida pelos ianques contra o Iraque em 2003, que Camp Taji não será ocupada por tropas estrangeiras.
Esse é o oitavo episódio em que a coalizão militar se retira de uma base iraquiana e a transfere para as próprias forças do país. Atualmente, há cerca de 5 mil soldados ianques estacionados no Iraque, além de outros 2,5 mil efetivos dos países que participam da coalizão.
Tais ações militares contra as bases iraquianas onde estão alocadas forças do USA se fortaleceram após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, em um ataque a drone orquestrado pelo imperialismo ianque contra o aeroporto de Bagdá, em janeiro. Desde então, as milícias e grupos armados iraquianos, influenciados pelo Irã, têm tomado parte da Resistência Nacional ativa, pela expulsão do invasor.
Em razão das respostas à intervenção ianque no país, o parlamento do Iraque, ainda que submisso ao USA, foi forçado a votar pela saída de todas as tropas ianques e da coalizão do país, o que por ora não se concretizou.