Foto ilustrativa. Fonte: Redspark.nu
Os combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), dirigido pelo Partido Comunista da Índia (Maoista), empreenderam ações armadas e de propaganda revolucionária no fim de setembro. Dentre as ações estão a morte de três espiões da polícia e a destruição de veículos de empreiteiras que exploram o povo da região.
No dia 30/09 dois espiões da polícia foram mortos no distrito de Bijapur, estado de Chhattisgarh, incluindo um antigo deputado Sarpanch [1]. O antigo deputado Dhaniram Korsa foi morto na aldeia de Bardela enquanto Gopal Kudiyam (o outro espião) foi assassinado na vizinha aldeia de Gongla, disse o Superintendente da Polícia de Bijapur Kamlochan Kashyap. Ambas as mortes tiveram lugar nos limites de atuação da estação da polícia de Jangla.
Já no distrito de Sukma, o corpo de umespião da polícia também foi encontrado no dia 23/09, com um panfleto denunciando suas ações e expondo seus crimes, além de afirmar que o comitê do PCI (Maoista) de Jagargunda, um dos com maior atuação da Guerra Popular, foi o responsável pela execução.
No dia 24/09, no estado de Chhattisgarh, cinco veículos de construção foram incendiados na estação de polícia de Mohla, distrito de Rajnandgaon, por combatentes do EGPL, de acordo com o Superintende reacionário da Polícia. Todos os veículos faziam parte da construção de estradas, visando ampliar a atuação das mineradoras na região.
Na madrugada do dia 16, guerrilheiros também atuaram. Um grupo deles fixou um cartaz em campanha contra a administração de grandes burgueses do comércio local de Chaibasa e contra a prefeitura reacionária do distrito Singhbhum Oriental. Além dos três cartazes dessa campanha, outros foram erguidos denunciando as medidas genocidas do governo de turno fascista de Narendra Modi e suas vãs tentativas de combater as profundas relações dos maoistas com os povos originários e camponeses da região.
Os cartazes foram encontrados na parada de ônibus de Chaibasa, no estado de Jharkhand, e no mercado Mangla Haat. Além de denunciar as administrações, eles exigiam a retirada do Plano de Ação de Saranda (medida que afirma ser pelo desenvolvimento das regiões rurais, mas que, na verdade, aprofunda a exploração dos povos locais através de grandes empresas e tenta frear o avanço da guerra popular), além de conclamar a juventude para se juntar na luta pela emancipação dos povos originários e para lutar contra a administração pelos grandes burgueses do comércio local.
No distrito de Kalahandi, em Odisha, dois agentes foram mortos em um confronto com guerrilheiros do EGPL, informou a polícia no dia 10 de setembro.
Notas:
[1] Um sarpanch ou pradhan ou mukhiya é uma liderança eleita pelo "órgão constitucional" a nível de aldeia do governo autônomo local chamado Gram Sabha (governo de vilarejo) na Índia. O sarpanch, juntamente com outros membros eleitos panchayat (referidos como comissários ou panchayat), constituem o grama panchayat. O sarpanch é o ponto de contato entre os "oficiais do governo e a comunidade do vilarejo" e mantém a sua posição no velho Estado durante cinco anos.