Helicóptero com 300 quilos de cocaína caiu em fazenda de Mato Grosso. Aeronave pertence a Policial Civil. Foto: Ciopaer/MT
Agentes da Polícia Federal encontraram aproximadamente 300 quilos de cocaína em um helicóptero que caiu em uma fazenda em Poconé, no estado de Mato Grosso, no dia 1° de agosto.
A aeronave foi encontrada por agentes do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e da Polícia Federal (PF).
Os policiais investigavam uma área suspeita de ser rota de tráfico internacional de drogas, quando encontraram o helicóptero caído e parcialmente destruído na fazenda.
Quando se aproximaram do helicóptero, os agentes encontraram sacos com aproximadamente 300 quilos de cocaína próximo a aeronave. A droga, estimada em R$ 6,9 milhões, foi encaminhada para a sede da PF em Cuiabá.
O helicóptero é um modelo Robinson R-44, matrícula PT-RMM e é avaliado em aproximadamente R$ 450 mil. A aeronave está registrada no nome de Ronney José Barbosa Sampaio, policial civil no Distrito Federal.
Procurado pelo monopólio de imprensa G1, para dar explicações sobre o caso, o homem disse que vendeu a aeronave em 25 de maio de 2021 depois de tê-la comprado em 2020. Contudo, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a aeronave ainda está no nome do policial. A agência também informou que o policial civil adquiriu o helicóptero em 30 de abril deste ano e não em 2020 como ele afirmou. Além disso, em caso de venda de aeronave, segundo a Anac, é o vendedor que deve comunicar a venda em um prazo de 30 dias.
Bombeiro pilotava a aeronave
No dia 4 de agosto, a Polícia Civil de Poconé prendeu o bombeiro militar Alberto Ribeiro Pinto Junior, de 45 anos. O homem foi preso após ser encontrado por bombeiros, ateando fogo em uma vegetação na área rural próxima a da queda do helicóptero.
O mesmo confessou que era ele o piloto do helicóptero com os 300 quilos de cocaína, depois da queda da aeronave ele entrou na mata para se esconder e tentar fugir. Contra ele já havia uma mandado de prisão por tráfico de drogas.
“Ele estava bastante sujo, mas não estava ferido. Estava sobrevivendo de biscoito e outras coisas que ele tinha pelo conhecimento de sobrevivência [por ser bombeiro]. O celular estava sem bateria e ele não tinha contato”, contou o delegado da Polícia Civil, Mauricio Maciel Pereira Junior.
O delegado também contou que Adalberto tentou subornar os bombeiros no momento da prisão para que estes o liberassem.
Adalberto é sargento do corpo de bombeiros do Rio de Janeiro, lotado na cidade de Nova Friburgo, no interior do estado. Ele foi preso por provocar incêndio, corrupção ativa e tráfico de drogas.
O militar foi encaminhado para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, que recentemente foi transformada em presídio militar.