por Comitê de Apoio ao AND de Belo Horizonte e região metropolitana
O 11º Congresso do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) ocorreu em Belo Horizonte contando com atuação de um Comando de Luta Classista dos Trabalhadores em Educação. Os professores e ativistas apresentaram uma resolução classista elaborada pelo Comando, que foi defendida pelo professor Rômulo, do Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate). Mais de 2,5 mil delegados de várias regiões do estado participaram entre os dias 31 de maio e 3 de junho.
O Congresso, apesar de todo o palavrório oportunista das centrais sindicais chapa-branca e partidos eleitoreiros, registrou a ampliação do número de pessoas que defenderam as posições classistas e combativas do Comando de Lutas. Os professores e ativistas demarcaram campo com o oportunismo, tanto o que está na direção do Sind-Ute/MG, quanto o que é empalmado pelos que brigam para chegar à direção do mesmo, usando sua estrutura para o mesmo fim eleitoreiro.
O Comando de Luta Classista deixou claro que há de se criar novas formas de lutas e de organização na categoria dos trabalhadores em educação, rompendo o vínculo com o velho Estado e romper as ilusões na farsa eleitoral, apontando que o Brasil e o mundo estão sendo sacudidos por uma crise profunda e que o imperialismo, principalmente ianque, tenta impor a sua política de cortes de direitos do povo e dos trabalhadores, sucateando os serviços essenciais como: educação, saúde, moradia, saneamento etc.
Os ativistas classistas e combativos, sustentados na resolução do Moclate, apontam como saída para a crise na educação a greve de ocupação, baseada no tripé: professor, estudante e comunidade escolar. Para combater a crise econômica, o Comando de Luta Classista sustenta que é preciso uma Greve Geral por tempo indeterminado e, para a crise política, moral e militar, apontam à necessidade da Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista, baseada na aliança operário-camponesa que tome todas as terras, destrua o latifúndio e distribua aos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra.
Marcha e o oportunismo
No domingo (03/06) o Comando de Luta Classista participou de um ato, aprovado no Congresso, em defesa da educação, saúde, contra as entregas das estatais e em apoio às professoras das Unidades Municipais de Educação (UMEIs) em greve desde 23 de abril.
O oportunismo, no entanto, tirou o caráter da marcha e transformou-a em um ato a favor do Luiz Inácio. Os ativistas e professores classistas formaram um bloco combativo posicionando-se ao fundo da marcha e, enquanto o oportunismo encerrava o ato caminhando para a praça Sete, o bloco classista deslocou-se até a prefeitura de Belo Horizonte para prestar solidariedade aos professores das UMEIs, conforme aprovado no Congresso.
Os professores municipais, acampados há pelo menos 15 dias, receberam bem os ativistas, que uniram-se à defesa de suas exigências. A greve dos professores e professoras tem demonstrado uma grande decisão e enfrentado toda a ira e demagogia do prefeito Kalil (PHS), inclusive a repressão do aparelho repressivo do velho Estado burguês-latifundiário serviçal do imperialismo, principalmente ianque.
Imprensa popular marca presença
No congresso, apoiadores do jornal A Nova Democracia marcaram presença. Livros e jornais de AND e de movimentos populares, como o Movimento Feminino Popular, foram vendidos por apoiadores do Comitê de Apoio de Belo Horizonte. Duas brigadas foram realizadas com exemplares antigos do AND.
Apoiadores da luta pela terra, do Comitê de Apoio à Luta pela Terra: Camponeses, Indígenas e Quilombolas, também marcaram presença e venderam produtos artesanais do campo, além de livros, jornais, revistas e produtos agrícolas produzidos pelos camponeses, como castanha do Pará, rapadura e outros.
Maiores detalhes serão publicados na edição nº 211 do AND.