Diversos movimentos revolucionários que organizam as mulheres do povo exaltaram o Dia Internacional da Mulher Proletária, neste 8 de março, com atividades e declarações que destacavam o papel da mulher no internacionalismo proletário e na revolução mundial. Atividades conduzidas na Europa e América Latina rechaçaram, também, as guerras de agressão contra os povos oprimidos do mundo.
Na França, a Liga da Juventude Revolucionária (Ligue de la Jeunesse Révolutionnaire – LJR) comemorou o dia internacional da mulher proletária no dia 12/03 em meio a uma atividade pelo boicote às eleições presidenciais na França. A juventude revolucionária montou uma banca em um local movimentado da cidade de Lyon e distribuíram mais de 2.800 panfletos contra a farsa eleitoral, assim como realizaram um estudo sobre a questão da opressão sexual da mulher e a Revolução. Foi pendurada uma faixa nas grades de um parque local escrita: Mulheres proletárias, sua emancipação não se dá com as eleições, mas com a revolução!. Os jovens carregavam consigo, também, uma faixa escrita Viva a LCP!
Foto: https://www.nouvelleepoque.fr/
Na Colômbia, centenas de mulheres e homens tomaram as ruas de Medellín em celebração ao Dia Internacional da Mulher Proletária. As massas rebeldes exigiram que fossem mantidos e conquistados novos direitos às mulheres, não apenas legalmente, mas principalmente na vida cotidiana da sociedade. Além disso, denunciaram a invasão imperialista russa à Ucrânia e convocaram o povo a não tomar parte no processo da farsa eleitoral, apontando o caminho da revolução como única forma de resolver os problemas das massas.
Manifestação combativa pelo Dia Internacional da Mulher Proletária na Colômbia
A manifestação sofreu uma tentativa de repressão por parte da polícia, que atacou o povo em rebelião com gás lacrimogêneo e atirou no chão e deteu manifestantes. Apesar disso, as massas não se intimidaram e prosseguiram em marcha até o fim da celebração.
Durante a manifestação, os movimentos revolucionários Liga da Juventude Revolucionária (LJR), Movimento Estudantil a Serviço do Povo (Mesp) e o Movimento Estudantil Revolucionário e Popular (MERyP) também rechaçaram as eleições como forma de conquista de direitos para as mulheres e para as massas em geral e entoaram palavras de ordem como Eleição é farsa, não muda nada não! Organizar o povo pra fazer revolução!. Assim como foram realizadas, pelas massas, pichações como Mulher, não vote, lute! e cartazes eleitoreiros de candidatos foram atacados com estilingues e pedras.
Já na Noruega, o Dia Internacional da Mulher Proletária foi celebrado em diversas cidades da Noruega em forma de exitosas manifestações de massa. Os protestos ocorreram nas cidades de Oslo, Bergen, Trondheim e Kristiansand.
Em Oslo, as massas, junto com movimentos revolucionários tais como Comitê de Combate (Kampkomiteen) e Revolução Socialista – IMT (Sosialistik Revolusjon – IMT) levantaram as consignas Lute e resista!, Combater a violência contra as mulheres!, Abaixo a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia! e Rússia, OTAN, EUA – mãos fora da Ucrânia!
Manifestação em Oslo. Foto: Tjen-Folket
Manifestação em Oslo pelo 8 de Março denuncia guerra de agressão contra a Ucrânia. Foto: Tjen-Folket
Em Bergen, ativistas do Comitê de Combate se uniram às massas em rebelião em uma manifestação que repudiava o patriarcado e o imperialismo e exaltava a solidariedade internacional entre os trabalhadores. Mais tarde, outra manifestação do Comitê de Combate junto aos Comunistas Revolucionários (Revolusjonære Kommunister) ocorreu em frente a uma biblioteca. No encerramento da manifestação, uma faixa contra a violência contra a mulher foi erguida em frente a um metrô das proximidades.
Na cidade de Trondheim o Comitê de Combate junto do Comitê 8 de Março iniciou a data com uma manifestação que teve como foco a denúncia do aumento constante da miséria das massas e inflação, a guerra de agressão contra a Ucrânia e a violência contra a mulher. Foi ressaltado, ainda, o caráter combativo e revolucionário da luta das mulheres proletárias pela sua libertação não apenas da opressão sexual, mas de toda opressão da sociedade de classes. As consignas Fortalecer a solidariedade internacional, Onda a onda, golpe a golpe, contra o imperialismo e o patriarcado! e Não deixem que nos dividam, unam-se para lutar foram levantadas.
Manifestação em Trondheim. Foto: Tjen-Folket
Ativistas de Kristiansand realizaram atividades desde antes do 8 de março. O Comitê de Combate realizou atividades culturais e manifestações junto da Frente de Mulheres na cidade de Bergen.
Atividades de colagem de panfletos e pichações de consignas foram feitas nas cidades de Oslo, Bergen, Trondheim, Jaren, Kristiansand, Vennesla.
No país Alemanha, uma manifestação tomou parte em Berlim somando centenas de pessoas na celebração do Dia Internacional da Mulher. Muitos moradores locais mostraram sua solidariedade à manifestação juntando-se à marcha. Panfletos contra a guerra de agressão do imperialismo russo contra a Ucrânia foram distribuídos e os revolucionários seguiram com a marcha até o monumento de Clara Zetkin, onde os ativistas colocaram rosas em homenagem à revolucionária.
Manifestação do Dia Internacional da Mulher Proletária na Alemanha. Foto: Dem Volke Dienen
Em Bremenhaven, a organização Comitê Vermelho de Mulheres organizou uma manifestação no 8 de março na qual foi denunciada a guerra de agressão do imperialismo russo contra o povo ucraniano e a presença de tropas militares alemãs em países da Europa Oriental e outras regiões do mundo. Os moradores locais demonstraram grande simpatia aos revolucionários, às consignas e às bandeiras vermelhas com o símbolo da foice e do martelo.
O imperialismo russo foi denunciado também na região de Ruhr, onde os revolucionários estenderam faixas, realizaram pichações e distribuíram panfletos do Comitê Vermelho de Mulheres que denunciavam a guerra de agressão contra a Ucrânia.
Marcha no centro de Duisburgo, na região do Ruhr. Foto: Dem Volke Dienen
Na capital da Suécia, Estocolmo, revolucionários tomaram parte junto com as massas na Marcha do Dia da Mulher. A manifestação exaltou a participação das mulheres na luta pelo comunismo.
Manifestação na Suécia. Foto: kommunisten.nu