Site da vaquinha da Caravana. Foto: Reprodução
Organizadores de uma caravana pró-Bolsonaro denominada “Caravana da Liberdade”, estão sendo acusados de fraude. Pessoas que pagaram para terem direito a participar do comboio estão cobrando na justiça o reembolso das passagens.
A campanha foi lançada em abril de 2021 e tinha o objetivo de reunir cerca de 3 mil apoiadores de Bolsonaro para irem até Brasília em maio, quando aconteceram protestos da extrema-direita a favor do fascista.
Os valores das passagens variavam entre R$ 350,00, R$ 450,00 e R$ 550,00, dependendo da região do país de onde sairiam os ônibus.
Contudo o projeto nunca saiu do papel. A caravana chegou a ser marcada para junho. Porém no dia 16 desse mês, dia da suposta caravana, o idealizador do projeto afirmou que 30 ônibus partiram para Brasília e logo depois sumiu das redes sociais. O fraudador utilizava o nome Pablo Verdolaga na internet, ao ser questionado por seguidores no twitter,
O sócio de Pablo na empreitada reacionária, Marcello Neves, após ser bloqueado pelo mesmo nas redes sociais, começou a investigá-lo e descobriu que Pablo na verdade se chamava Fábio Oliveira Leite.
Marcello Neves então revelou que a pedido de Pablo, os pagamento eram feitos por meio de transferência bancária e Pix. O destino era a conta de um “amigo de Pablo, chamado Fábio Oliveira Leite”.
“Eu não sabia quem era. Eu tinha os dados dele, CPF, dados bancários desse Fábio, mas ele (Pablo) dizia que era um amigo dele. Ele dizia que por conta da movimentação financeira, por conta do Imposto de Renda, os depósitos e transferências seriam no nome desse suposto amigo dele, o Fábio”, contou Marcello.
A partir de então começaram as acusações de bolsonaristas de que Fábio teria embolsado o dinheiro da caravana e aplicado um golpe.
“Eu tinha fé que iríamos conseguir realizar o evento. Colaborei com R$ 350, era para eu estar dentro de um desses ônibus. Mas a caravana nunca aconteceu. Esse tipo de coisa enfraquece os movimentos da direita”, lamentou uma bolsonarista.