PA: Ativistas intervém no X Fórum Social Pan-Amazônico (X FOSPA)

PA: Ativistas intervém no X Fórum Social Pan-Amazônico (X FOSPA)

Ativistas intervém no X Fórum Social Pan-Amazônico (X FOSPA). Foto: Banco de Dados AND

Nos dias 28 a 31 de Julho foi sediado em Belém o X Fórum Social Pan-Amazônico (X FOSPA), o encontro aconteceu na Universidade Federal do Pará. Segundo a organização do evento o Fórum teve como objetivo debater sobre a luta dos povos da Amazônia.

Ativistas democráticos participaram do encontro fazendo uma intensa agitação com panfletagens e distribuição de centenas de adesivos contra a Farsa Eleitoral, o Apoio a luta pela terra e aos camponeses pobres, indígenas e quilombolas. Os panfletos denunciavam o desfecho das investigações sobre Pau’Darco, crime de estado que após cinco anos absolveu todos os executores que mesmo antes do fim do processo já haviam reintegrado as suas funções, enquanto os mandantes sequer foram indiciados.

Uma faixa foi estendida exigindo punição aos mandantes e executores da chacina de Pau D’arco, além de intensa agitação através de intervenções feita pelos ativistas. Estes colocaram a necessidade da nacionalização dos recursos naturais da Amazônia que são saqueados pelos países imperialistas subjugando a nação aos seus interesses. Denunciaram uma série de crimes cometidos pelo governo de Bolsonaro e Generais no período da pandemia com o intuito de criminalizar a luta camponesa em Rondônia mobilizando um contingente de 3 mil policiais da força nacional na vã tentativa de intimidar e enfraquecer a resistência dos camponeses pobres, outros crimes como o assassinato de lideranças camponesas e a contaminação dos poços de água também foram denunciados.
Estes afirmaram que somente com organização independente, classista e combatividade se pode lutar de forma consequente em defesa da Amazônia, dos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses pobres e pelos recursos naturais através do caminho da luta sendo este o único caminho da defesa e conquista de direitos e não o caminho das falsas promessas eleitoreiras.
Criminalização dos que defendem quem luta por um pedaço de terra

Os ativistas também denunciaram a criminalizam daqueles que defendem quem luta por um pedaço de terra para viver e trabalhar e citaram a prisão do advogado José Vargas, advogado de camponeses no estado do Pará que atualmente se encontra em prisão domiciliar após a aberração judicial de acusação de participação de envolvimento em homicídio, sua prisão tem claro caráter político. A campanha em defesa da advogada Lenir Correa, defensora não só dos direitos humanos, mas também dos direitos sociais dos povos do campo também foi levantada denunciado que todo o processo é uma forma de tentar paralisar a luta pela terra e de suprimir o exercício da advogacia popular.

Homenagem ao advogado do povo Gabriel Sales Pimenta

O advogado Gabriel Sales Pimenta também foi homenageado sendo seu histórico de vida e luta relembrado. Jovem militante e advogado do povo convicto, Gabriel deixou a estabilidade do concurso público para advogar para posseiros no interior do Pará. Por sua atuação perante as massas camponesas passou a incomodar os latifundiários da região, sendo assassinado com tiro a queima roupa pelas costas em uma estrada ao sair de uma reunião. Devido a morosidade do Estado em punir mandantes e executores identificados o crime de assassinato de Gabriel foi prescrito, prova da velha relação de conchavos entre o judiciário e o latifúndio. Após 40 anos de impunidade a Corte Inter Americana de Direitos Humanos decidiu julgar o próprio estado brasileiro pelo assassinato do advogado.

Ao fim, os militantes ressoavam: “Companheiro Gabriel Pimenta, Presente na luta!”

Ativistas intervém no X Fórum Social Pan-Amazônico (X FOSPA). Foto: Banco de Dados AND

Ativistas intervém no X Fórum Social Pan-Amazônico (X FOSPA). Foto: Banco de Dados AND

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