Aluísio Sampaio, Presidente Regional do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf), foi morto em Castelo dos Sonhos, distrito de Altamira no Sudeste do Pará, no dia 11 de outubro. De acordo com o monopólio de imprensa, Aluísio Sampaio foi morto com diversos disparos de arma de fogo na cabeça, método típico do latifúndio da região Norte para executar seus inimigos políticos com o objetivo de desfigurar suas vítimas e aterrorizar o campesinato.
Segundo a polícia, Júlio César Del Magro, identificado como empresário local, é suspeito de ser mandante do assassinato. Ainda segundo as investigações, Márcio José Nunes de Siqueira e seu irmão foram os executores do dirigente camponês. Júlio César foi preso no último dia 13 em operação que, segundo o monopólio de imprensa, resultou em tiroteio que terminou com a morte de Marcio e a fuga de seu irmão.
Aluísio denunciava as ameaças de morte sofridas desde 2017 por seu histórico de luta como dirigente do Sintraf. Ele chegou a gravar um vídeo e postá-lo na internet no ano passado.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra lançou nota em solidariedade ao Sintraf e à Aluísio, onde dizia: “Aluísio é ligado à luta posseira e não possui nenhum vínculo com o Movimento Sem Terra, tampouco o movimento está organizado na região de Altamira. Nós do MST repudiamos mais este assassinato de um trabalhador que lutava por um pedaço de chão e brutalmente tem sua vida ceifada pela ganância do agronegócio”.