Artes retratando a luta pela terra foram expostas em Belém, como parte da I Mostra de Artes do Povo: Caminhos da Terra. Foto: Banco de dados AND.
No dia oito de abril, ocorreu a exposição da ‘I Mostra de Artes do Povo: Caminhos da Terra’, em Belém, no Pará. Artistas de todo o país disponibilizaram suas obras para serem reproduzidas num varal, dispostas na Praça do Operário.
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Segue abaixo a resolução da Mostra, que recebemos em nosso e-mail:
“Artistas de ponta a ponta do Brasil enviaram suas obras literárias, poesias, desenhos, colagem e pinturas resultando na exposição de mais de 30 obras que ocuparam a manhã do dia 08/04 num espaço público na cidade de Belém-PA, na Praça do Operário. A praça constantemente movimentada pelos trabalhadores foi cenário da gloriosa apresentação de obras numa exposição coletiva, em seu conjunto, que refletiu os atuais horizontes das lutas do povo trabalhador do campo, representando famílias de camponeses, comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, em suas justas lutas pela terra, que atraiu a observação constante das massas no espaço.
A arte do povo definitivamente, resgata aquilo de mais fundamental da expressão humana, enquanto comunicação, fundindo-se as massas, recebendo seus anseios imediatos, e retornando às mesmas por justas vias. Nesse sentido, a I Mostra de artes do povo “caminhos da terra” em defesa da luta pela terra, ressoou a justeza dos lutadores do campo, denunciando que o estado do Pará é o estado que mais mata camponês, em memória dos casos de Eldorado dos Carajás e Chacina do Pau D’arco.
Inspirados na Liga dos Camponeses Pobres (LCP), Movimento camponês consequente que entrega terras aos camponeses, a I mostra as artes do povo, expôs as resistências do camponês frente às duras lutas. Comunidades inteiras que continuam a resistir intensos ataques antes e no período da pandemia em 2020 e 2021, dentre eles estão os acampamentos Manoel Ribeiro, Thiago Capim dos Santos e Ademar Ferreira, o camponês preso político Luzivaldo! Além das diversas comunidades dos povos originários e quilombolas em toda região amazônica que apesar das investidas do genocídio continuam a resistir.
Servindo como caixa de ressonância a essas lutas em espaços públicos que devem ser ocupados com cultura popular, em síntese, a mostra expressou todo esse debate em forma de arte. Continuaremos a montar o varal em praças, bairros, feiras e mercados populares e colocamos a necessidade de se fazer essas exposições também em outros estados.
Nós estudantes e artistas saudamos os tantos outros artistas participantes da mostra! Como segue: Al Shab, Alex Mendes, Bellini, Carlos Dala Stella, Castellucci, combarte – Arte Popular, Davi Madorra, Luis Rafael, Nina, Souza, Victor Zagury, Yaci, Victor Jornada, Moreno, Karele-MC, Jean Pierre, Hugo Chaves, Chico.
Obra homenageada: “O velho não poderá destruir para sempre o novo” – Coluna da Infâmia de Jeans Galschiot, monumento em homenagem às vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás, São Brás/PA.”
Artes retratando a luta pela terra foram expostas em Belém, como parte da I Mostra de Artes do Povo: Caminhos da Terra. Foto: Banco de dados AND.
Artes retratando a luta pela terra foram expostas em Belém, como parte da I Mostra de Artes do Povo: Caminhos da Terra. Foto: Banco de dados AND.
Artes retratando a luta pela terra foram expostas em Belém, como parte da I Mostra de Artes do Povo: Caminhos da Terra. Foto: Banco de dados AND.
Arte demandando liberdade para o camponês preso político Luzivaldo. Foto: Banco de dados AND.
Coluna da Infâmia, escultura de Jeans Galschiot, homenageada pela Mostra. Foto: Reprodução.