PA: Indígenas, quilombolas e ribeirinhos fecham a PA-263 contra os crimes e ampliação de hidrelétrica

PA: Indígenas, quilombolas e ribeirinhos fecham a PA-263 contra os crimes e ampliação de hidrelétrica

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No dia 2 de dezembro, cerca de 300 manifestantes realizaram o fechamento da rodovia PA-263, entre Breu Branco e Tucuruí, sudeste do Pará.

O fechamento teve início às 9h e acabou por volta das 13h, após conseguirem o agendamento nova reunião com o Ministério Público, que anteriormente estava marcada para o dia 02/12, porém havia sido adiada. O grupo que faz parte da Associação das População Atingidas pelas Obras do Rio Tocantins (Apovo), foram afetados pela construção da Hidrelétrica de Tucuruí e exigem o pagamentos das indenizações aos expropriados; compensação aos atingidos pela jusante e pelo uso da areia da Praia Gaviões.

A Hidrelétrica de Tucuruí, inaugurada em 1984, conta com uma proposta de ampliação, o que afeta novamente as populações que dependem da pesca para a sobrevivência temem que o pouco peixe que sobrou no rio venha a desaparecer com as obras necessárias para aumentar os trechos navegáveis do rio Tocantins. Além disso, as construções podem também ser danosas à flora e fauna, além de poder aumentar a incidência de malária na região, segundo o Relatório de Impacto Ambiental da obra.

Audiências públicas em forma de consulta foram convocadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), essas têm sido feitas para legitimar a ação do estado, que as considera como parte do processo de consulta às populações afetadas, o que não é consenso. No dia de julho, em Baião (PA) enquanto acontecia a última das 5 audiências propostas, parte dos presentes se retiraram por não concordarem com a obra e o impacto socioambiental que causará para a região.

“Quando eles falam, eles falam que o impacto vai ser passageiro. Que vai ser rápido. Mas essa rapidez aí, ela consegue devastar e nunca mais ser como era. Na época da barragem [de Tucuruí] foi rápido, quando fecharam o impacto foi rápido, mas ele deixou uma sequela para sempre”, afirma Ademar Ribeiro, dirigente da Apovo em entrevista concedida ao portal Amazônia Real.

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