Na madrugada de 09/08, 13 policiais responsáveis pela Chacina de Pau D’Arco foram soltos pelo judiciário do velho Estado.
A decisão do juiz substituto da Vara Criminal de Redenção, Jun Kubota, suspendeu a prisão preventiva dos 11 policiais militares e dois policiais civis envolvidos na chacina, que assassinou dez camponeses no dia 24/05 na fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco. Os policiais estavam presos desde o dia 10/07 por decisão do juiz da mesma vara, Haroldo Silva da Fonseca.
Ainda no dia 09/08, o judiciário negou o pedido do Ministério Público do estado de prorrogação das prisões com a alegação de que não há necessidade de manter os policiais presos.
Temor de novos assassinatos e ataques
Os camponeses que retomaram a fazenda Santa Lúcia no dia 13/06 temem que a liberação dos policiais possam gerar novos ataques e assassinatos contra os trabalhadores acampados e os familiares dos camponeses assassinados. Nos últimos meses, uma série de ameaças de morte contra os camponeses e testemunhas envolvidas no caso foram denunciadas. Uma lista com nomes de camponeses do Acampamento Jane Júlia e de familiares dos trabalhadores assassinados estaria circulando na região.
No dia 07/07, o dirigente camponês Rosenildo Pereira de Almeida, de 44 anos, havia sido assassinado no município de Rio Maria. O companheiro Rosenildo era militante da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Pará e Tocantins e um dos coordenadores do Acampamento Jane Júlia, situado na retomada da Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco.
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