A liderança quilombola Nazildo dos Santos Brito foi encontrado morto na manhã de 15 de abril em sua residência no ramal da Roda D’Água, no município de Acará, nordeste do Pará.
O quilombola de 33 anos de idade já havia sido presidente da Associação de Moradores e Agricultores Remanescentes Quilombolas do Alta Acará. Ele era ameaçado de morte por denunciar crimes ambientais cometidos por latifundiários da região.
A liderança quilombola teria sido assassinada na noite de 14 de abril. O corpo de Nazildo Brito foi encontrado com marcas de tiros nas costelas e na cabeça. Além disso, objetos pessoais não foram levados, o que sugere a hipótese de execução.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), apesar de Nazildo Brito se encontrar no Programa de Proteção a Testemunha não recebia qualquer tipo de segurança por parte da Secretaria de Segurança Pública (Segup).
Em 2015, Nazildo Brito participou da ocupação da empresa Biopalma da Amazônia, que visou denunciar o desmatamento ilegal e a poluição de agrotóxicos nos mananciais do município de Tomé-Açu cometidos por esta empresa.