Marabá, 30 de maio
Convocadas pelo Fórum em defesa da Previdência Social, diversas manifestações estão ocorrendo em Marabá, no interior do Pará, e cada vez mais vem aumentando a participação popular nesses atos.
A mais recentes das manifestações em defesa do ensino público e gratuito e contra a “reforma” da Previdência foi realizada no dia 30 de maio, atendendo à convocação para luta em defesa da educação pública. Mais uma vez, diversas organizações sindicais, o movimento estudantil e a Associação Discente de Indígenas e dos Quilombolas estiveram nas ruas.
No carro de som, as falas conclamaram a população insatisfeita com o governo de generais de Bolsonaro para se unir na Greve Geral do dia 14 de junho. Um ativista falou da importância de ser derrotada a ofensiva contrarrevolucionária no nosso país, que tem tomado forma de golpe militar. “Nem Bolsonaro, Nem Mourão!”, exclamou. “As massas dessa região conhecem bem o que representa o gerenciamento militar fascista por ter sido local em que se deflagrou a histórica Guerrilha do Araguaia. Não tememos essas Forças Armadas sanguinárias e vende-pátria”, concluiu. Ele também defendeu a preparação da Greve Geral de Resistência Nacional por tempo indeterminado para defender os direitos do povo e a soberania da nossa Nação.
15 de maio
Um bloco conformado pelas Brigadas Populares do Pará e pela Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) panfletou material sobre os 10 motivos da Greve Geral e ergueu bem alto uma faixa contra o entreguismo do governo de Bolsonaro – tutelado pelo Alto Comando das Forças Armadas reacionárias.
O ato foi encerrado com uma Plenária que aprovou uma nova reunião para dia 10 de junho, às 18h, no Taipiri da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) – campus 1. Esta Plenária será para a aprovação do cronograma de organização e mobilização da paralisação do dia 14 de junho.
Antecedentes
Antes, no 1º de maio, centenas de pessoas participaram da caminhada contra o fim da Previdência Social que ocorreu na orla de Marabá. Um abaixo-assinado coletou milhares de assinaturas contra mais este ataque do governo Bolsonaro contra os direitos trabalhistas já conquistados.
Estudantes que constroem a ExNEPe, depois da participação no 23º Fórum Nacional de Estudantes de Pedagogia que ocorreu em Brumadinho (MG), levaram para a manifestação cartazes e panfletos denunciando a farsa da “reforma” da Previdência como um desmonte dos direitos do povo.
15 de maio
Já no dia 15 de maio, um histórico ato levou milhares de estudantes e trabalhadores em educação das redes de ensino superior, municipais e estadual, em conjunto com camponeses, indígenas e quilombolas, além de trabalhadores da cidade, motoqueiros e sindicalistas de outras categorias para as ruas na Greve Nacional da Educação.
Na ocasião, mais de 3 mil pessoas protestaram contra os cortes de mais de 30% das verbas do ensino público, implementado pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, como chantagem para aprovação da “reforma” da Previdência.
A manifestação, que teve concentração na Unifesspa, iniciou com uma apresentação artística do grupo cultural Rios de Encontro da comunidade do Cabelo Seco, no núcleo da Velha Marabá; depois seguiu caminhada até a prefeitura, somando ao ato dos servidores municipais, e encerrou no núcleo Cidade Nova, em frente ao INSS. Nem o calor escaldante da cidade, nem as forças de repressão intimidaram os manifestantes, que percorreram quilômetros de distância paralisando a Transamazônica. Um bloco formado por mulheres apontou à necessidade de resistir aos golpes contra o direito de aprender dos filhos do povo através da Greve Geral de Resistência Nacional.
15 de maio