O trabalhador Antônio Queiroz é a mais nova vítima da brutalidade da PM do Pará. Foto: Reprodução
Moradores da região metropolitana de Belém fizeram um protesto durante o enterro do pedreiro Antônio Evanildo Queiroz, no dia 30 de Agosto. Familiares denunciam que o pedreiro foi torturado e morto por policiais militares (PMs) depois que os agentes invadiram a casa do trabalhador, no dia 27 de Agosto, no bairro Tapanã, em Belém, capital do estado do Pará.
O protesto tomou conta das ruas do bairro Tapanã. Durante o cortejo fúnebre os moradores ergueram faixas e cartazes exigindo justiça para Antônio e paz para a comunidade, que sofre com constantes incursões da PM, que promovem violência contra os moradores.
O brutal assassinato do pedreiro Antônio causou que revoltou toda a comunidade. A esposa afirma que no momento que os policiais chegaram Antônio estava trabalhando colocando piso na casa. Segundo familiares, os PMs invadiram a casa do trabalhador alegando que receberam uma denúncia anônima afirmando que ali seria um ponto de venda de drogas.
Os PMs então entraram na casa mesmo sem qualquer tipo de mandado judicial. Em seguida, agrediram a esposa de Antônio com um soco no rosto e a colocaram para fora. Os policiais ficaram cerca de 20 minutos dentro da casa com Antônio, que sofreu agressões físicas e torturas que resultaram em sua morte. Os PMs saíram da casa com o corpo da vítima enrolado em uma rede e o jogaram no porta-malas da viatura.
O trabalhador chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tapanã, porém não resistiu aos ferimentos e faleceu.
A Polícia Militar alegou que a morte foi em decorrência de um “susto”, que o trabalhador levou com a invasão da casa pelos PMs. Contudo, o laudo do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves revelou que Antônio tinha sinais de asfixia mecânica por constrição externa, que é quando ocorre compressão da região do pescoço. A informação confirma que o trabalhador foi de fato asfixiado e morto pelos PMs.