Na madrugada de 14 de março, vários trabalhadores da empresa Auto Viação Monte Cristo realizaram um ato na garagem impedindo a saída de todos os ônibus. Os funcionários denunciaram o não pagamento de horas extras, férias, multas arbitrárias, além de diversos casos de assédio moral e até mesmo o desconto nos salários para pagamento da renda quando os mesmos são assaltados.
Uma das lideranças sindicais denuncia que a empresa, além de não pagar horas extras, ainda impede os trabalhadores de realizar intervalos entre as viagens, algo que já havia sido definido em acordo coletivo há muitos anos.
“É um verdadeiro absurdo o que a empresa tem feito com os trabalhadores, que foi retirar as horas extras. Sem contar o intervalo, que a empresa se recusa a permitir. Esses são alguns dos pontos, mas tem muito mais”, denunciou Everton Paixão, líder sindical.
Em assembleia, os trabalhadores decidiram com firmeza manter a greve no dia seguinte e novamente nenhum ônibus da empresa foi para as ruas. “Não teve avanço. Então nós nos reunirmos em uma Assembleia e decidimos por continuar a greve enquanto não atendem as nossas reivindicações”, disse outra liderança sindical.
Os trabalhadores voltaram ao trabalho forçados pelo judiciário que, no dia 15, emitiu uma liminar contra a greve.