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Cansados de promessas feitas pelos empresários, os rodoviários de Marabá, no Pará, paralisaram suas atividades no dia 7 de outubro contra a falta de salários e condições de trabalho. Essa é a sexta paralisação somente em 2019.
Os rodoviários, mais uma vez, ouviram promessas de pagamento dos salários que, assim como as anteriores, não foram cumpridas, conforme noticiou o AND. Dessa vez, a paralisação mobilizou 100% da categoria, envolvendo trabalhadores de duas empresas diferentes que atendem à demanda do município.
Ozeias Brandão, uma das lideranças sindicais, relata que os trabalhadores estão cansados de trabalhar sem receber há meses. Apesar disso, os empresários não cansam de prometer e não cumprir. “Estamos há 4 meses sem receber salários, há 7 meses sem receber vale alimentação. Por esse motivo resolveram realmente cruzar os braços até que se resolvam essa situação”.
Antônio Pereira, aposentado, denuncia que a situação precária do transporte público em Marabá acontece há muitos anos e nada é feito. “Essas empresas são um caos aqui em Marabá há muito tempo. Elas têm judiado de Marabá! Moro aqui há 40 anos e conheço o sofrimento do povo, essas empresas só empurrando com a barriga”, diz.
Paralisação também no Acre
Já em Rio Branco, capital do Acre, os trabalhadores paralisaram as atividades por uma hora, no início da manhã do dia 8 de outubro, exigindo melhores condições de trabalho e contra o atraso dos salários.
Em 2016, os empresários, alegando altos custos, demitiram todos os cobradores dos ônibus de Rio Branco. A demissão em massa contou com apoio da prefeitura municipal. Atualmente, a passagem de ônibus custa R$ 4, uma das mais caras entre as capitais brasileiras.
Uma das lideranças sindicais, Marinho, relata que os atrasos de salários estão cada vez maiores e, além disso, alegando falta de dinheiro, os empresários já falam em redução da quantidade de ônibus circulando, o que causa mais demissões.
“Os salários deveriam ser pagos até dia 6, mas eles estão levando até 16, 18 dias. É assim que eles estão levando. Esse é o grande problema que estamos tendo com mais redução da frota e quem paga é o trabalhador, sempre vai sobrar pra ele”, denuncia.